A eleição no Brasil é reflexo do embate regional entre a democracia e o fascismo

Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro
Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)


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No dia 30 de outubro estará em jogo o destino do Brasil entre recuperar a democracia verdadeira e aprofundar o fascismo no Brasil; entre a verdade dos oprimidos e justos como Lula, e a mentira sustentada por nazifascistas como Bolsonaro. Certamente, as forças do império norte-americano, desde Trump a Biden, investem nas duas caras do inominável. Na do desbocado xenófobo, homofóbico, pedófilo, ao do comprador de votos, com doações de último momento, e o abaixamento temporário da gasolina, após acionar privatizações na Petrobrás e deixar morrer mais de 700 mil brasileiros vitimados pela sua operação anti-vacinas.

Muitos eleitores pela democracia se perguntam como é possível que os votantes do inominável tenham se esquecido do enorme dano causado por Bolsonaro/Guedes ao país, destruindo a economia com privatizações e exclusões, reduzindo salários e direitos, aumentando o desemprego, a mortalidade (incluindo a pandemia), a deseducação e liberação das armas; que concordem com uma anormal divisão interna de famílias, produto da instigação ao ódio, à violência verbal, à chamada “diferença ideológica” acionada unilateralmente por uma presidência da república que não oferece projetos, nem horizontes. Algo institucionalmente inusitado e adverso ao pacifismo e à alma musical do povo brasileiro. 

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Infelizmente, as grandes finanças, os do Norte, ajudados pelo lawfare, pelo partido Judicial-Midiático (como na Argentina), prepararam o terreno da desinformação, do analfabetismo, do esvaziamento cultural, das fakenews, das igrejas evangélicas contra a diversidade religiosa, debilitando a consciência de boa parcela da população, sobretudo da classe média brasileira, estimulando a psique social do individualismo e da meritocracia. As forças progressistas e a esquerda em geral, não se prepararam (inclusive durante seus governos) a fortalecer a comunicação dos meios públicos, cadeias de TV e rádio para informação e comunicação oficial de medidas (normal em Cuba e na Venezuela). Algo que Lula poderá rever no seu próximo governo, como já anunciado, para atuar decididamente na cultura, seguindo a José Marti: “um povo livre é um povo culto!”.

Na Argentina também: democracia com soberania nacional ou fascismo neo-liberal

As investigações sobre o atentado à vice-presidenta Cristina Kirchner relegado pela mídia hegemônica, salvo o canal de TV C5N, levam a comprovadas conexões da quadrilha de jovens executores manipulados por forças políticas da organização neo-nazista “Revolução Federal”, financiada por uma sociedade comercial de obscura situação contábil, dirigida pelo ex-ministro das Finanças do governo Macri, Nicolás Caputo e irmãos, ao longo de 18 anos, desde sua fundação (2005). Leia.
Revelações tardias, e só agora aceleradas por pressão de uma competente equipe de advogados constitucionalistas da vice-presidenta, para que os responsáveis judiciais operem neste caso institucional gravíssimo, de ameaça ao governo nacional e popular, aos direitos humanos de todo o povo argentino, sobretudo, dos trabalhadores e excluídos. Não ir a fundo num caso de tal gravidade, arrisca ceder às forças políticas impunes do neo-liberalismo e da ditadura dos anos 70, que tentam voltar ao poder nas eleições de 2023; as mesmas que mantêm presa a líder social, Milagro Salas, e ameaçam, através da mídia hegemônica (Clarin/La Nación/TN) a jornalistas, sindicalistas, e estudantes secundaristas decididos a defender uma educação digna e gratuita.
A democracia verdadeira, a que foi interrompida no pós-kirchnerismo durante o governo Macri, não foi restabelecida ainda. Ao contrário, está ameaçada, não só pelo embate interno contra o governo popular da Frente de Todos exercido pela oposição conservadora local, mas pela ofensiva transversal da oligarquia financeira do dito império do Norte contra o Sul, frente ao seu recente fracasso na Colômbia de Petro/Francia. A ameaça aos processos democráticos na Argentina, no Peru e no Brasil é regional; sobretudo, considerando a enorme riqueza natural (florestas, minerais, água e sol) deste continente chamado Brasil; e agora, o lítio e o gás natural onde o governo de Alberto/Cristina decidiram por a mão forte do Estado para servir à soberania do povo argentino.

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O poder da comunicação e das fakenews na política

Esta campanha eleitoral, evidencia que as únicas armas do nazi-fascismo, antes de atuar com o que lhe é característico, a violência física e de fato, são as fakenews nas redes sociais.  Na Argentina, por exemplo, este foi o preâmbulo do atentado contra a vice-presidenta, Cristina Kirchner: fakenews sobre corrupção inexistente por parte do governo peronista-kirchnerista incitando atos de violência extrema por parte de movimentos minoritários, carregados de imagens de guilhotinas e forcas contra líderes sociais. São as mesmas redes que atuam fazendo campanha com vídeos de fakenews divulgadas por Eduardo Bolsonardo falsificando a realidade econômica na Argentina; ou twitters mentindo sobre medidas do governo de expropriação de heranças familiares. A verdade dos fatos desmente: após a dívida impagável com o FMI, deixada por Macri, e dois anos de pandemia, a Frente de Todos, acelera os passos rumo à recuperação, ao combate à inflação e controle dos preços, enfrentando os percalços de uma guerra global.

Não é casual que, ao mesmo tempo em que Guedes anuncia que seu governo acabará com o reajuste dos salários e destruirá a vida de milhões de aposentados (num país que levou 49 milhões para a extrema-pobreza), Mauricio Macri (numa espécie de pré-campanha para 2023), declara entre seus amigos, Fox (México) e Aznar (Espanha) no Fórum de Miami, que no seu próximo governo: “é preciso recuperar o controle do Estado, exercer o poder; e botar para correr à militância (kirchnerista), assim que chegar e avançar muito rápido em medidas antipopulares”.

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As mentiras das fakenews do bolsonarismo com fins eleitorais já chegaram ao inadmissível. Por um lado, apropriar-se da bandeira nacional e da transposição do Rio São Francisco (contra a qual se opôs); e por outro, atribuir ao seu opositor político, as suas características próprias: a corrupção e a violência. Bem se defende o MST das calúnias sobre ações violentas não cometidas.
O caso da reação armada do bolsonarista, Roberto Jefferson, mostra de que lado está a violência. É um tiro no pé; e demonstra que a estratégia da campanha do ódio e da mentira tem seus limites e o feitiço se volta contra o feiticeiro. Da mesma forma, a farsa de Tarcísio em Paraisópolis, enfocando a violência, tentando atribuí-la ao PT, poderá acender a tocha e identificar quem está realmente do lado da paz; ele, seguramente, não. A Justiça poderá colocar um limite nas fakenews, mas até lá, o dano moral, midiático e eleitoral estará feito.
A maioria do povo brasileiro não ignorará a enorme capacidade de mobilização e de comunicação presencial de, Lula da Silva que nesta campanha reafirma sua liderança a nível latino-americano e mundial. Isso também está nas redes. Algo que não ocorre na campanha do presidente atual. Apesar do alto poder das redes e fakenews bolsonaristas, o repúdio ao nível de baixaria e violência deverá se manifestar e dar uma decisiva vitória à verdade e à democracia nas urnas, reabrindo o caminho da esperança, do amor e da solidariedade no Brasil.

A possível vitória de Lula será acirrada, a reconstrução será árdua, mas recuperará a memória do povo brasileiro

A amplitude da aliança eleitoral na defesa da democracia contra o nazi-fascismo, o enfoque da campanha de Lula nas medidas econômico-sociais dos governos do PT, destacando as vitórias judiciais já conquistadas contra os ataques-farsa do dito “mensalão”, além do projeto nacional e popular do futuro governo, dão elementos suficientes para incidir na memória e na consciência dos abstencionistas e garantir uma vitória significativa no próximo domingo. A eleição de Lula é esperada na Argentina e na América Latina como uma grande oportunidade para a reintegração e o bem comum dos povos da região. 

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Os imigrantes e residentes brasileiros na Argentina, entre estudantes e trabalhadores, brindaram uma grande vitória a Lula no primeiro turno: 64,68% (Lula) contra 28,04% (Bolsonaro). O Comitê do PT na Argentina tem contado com grande solidariedade de artistas, lideres sociais e dirigentes políticos argentinos da Frente de Todos. Veja vídeo e Leia.

No dia 30 de outubro, a América Latina vota no Brasil pela civilização contra a barbárie!

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