A ditadura religiosa
"Os últimos acontecimentos – a foto dos Três Poderes rezando juntos – e a concessão de passaporte diplomático ao 'bispo' Edir Macedo, somados a outros eventos que nos distanciam cada vez mais de um estado laico estão a indicar que o que está em gestação é alguma coisa que nunca houve no Brasil", avalia o jornalista Alex Solnik; "Não é apenas um regime autoritário militar espelhado no de 1964 que está no forno. É algo pior"
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
Os últimos acontecimentos – a foto dos Três Poderes rezando juntos – e a concessão de passaporte diplomático ao "bispo" Edir Macedo, somados a outros eventos que nos distanciam cada vez mais de um estado laico estão a indicar que o que está em gestação é alguma coisa que nunca houve no Brasil.
Não é apenas um regime autoritário militar espelhado no de 1964 que está no forno. É algo pior. É isso com fanatismo religioso somado à receita, temperado com uma pauta de costumes totalmente divorciada do que deseja a sociedade brasileira.
A destruição da cultura anunciada hoje com uma lista de patrocínios culturais revogados pela Petrobrás faz parte dessa ofensiva contra um suposto "marxismo cultural".
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A inquisição, que parecia e estava sendo encarada como piada de mau gosto de alguns ministros extravagantes, como Ernesto Araújo, está em marcha. E não por acaso começa pela Educação. Hoje foi nomeado o novo diretor do Inep, órgão responsável pelo exame do Enem: um delegado. A educação virou caso de polícia. Aventou-se criar a Lava Jato da Educação.
O estado policial-religioso encontra-se sob tutela das Forças Armadas, cujos oficiais graduados ocupam mais espaço que os políticos no atual governo.
Só falta Bolsonaro virar aiatolá.
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