A ditadura, enfim

A prisão de Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), era o ato simbólico que faltava para que o golpe de 2016, finalmente, se assumisse como uma ditadura

A prisão de Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), era o ato simbólico que faltava para que o golpe de 2016, finalmente, se assumisse como uma ditadura
A prisão de Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), era o ato simbólico que faltava para que o golpe de 2016, finalmente, se assumisse como uma ditadura (Foto: Chico Vigilante)


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A prisão de Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), era o ato simbólico que faltava para que o golpe de 2016, finalmente, se assumisse como uma ditadura. Claro, teria que ser em São Paulo, onde mais de duas décadas de governos do PSDB transformaram o estado mais rico do País em um feudo elitista, autoritário e avesso a manifestações democráticas – quando elas são feitas por movimentos sociais e populares, bem entendido.

A Polícia Militar de São Paulo, sob o comando tucano, transformou-se em um exército de ocupação que humilha, prende e mata cidadãos e cidadãs sob a luz do sol, com total desenvoltura e certeza de impunidade.

Agora, prendem Guilherme Boulos sob alegada "desobediência", no momento em que ele negociava assistência a 700 famílias – cerca de 3,5 mil pessoas – expulsas pela PM na ocupação Colonial, em São Mateus (SP). Ao prendê-lo, os policiais do Batalhão de Choque fizeram questão de lembrar que ele, Boulos, também participava de atos contra o governo do golpista Michel Temer.

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Isso é clara perseguição política.

Guilherme Boulos é um preso político. Talvez, o primeiro de muitos outros, a partir de agora.

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