A ditadura da Justiça midiática

O povo brasileiro não quer mais saudar a mandioca, estocar vento e nem se preocupar com a mosquita da vizinha, senhora presidenta. O povo brasileiro necessita de ações urgentes para acabar com essa crise político/econômica

O povo brasileiro não quer mais saudar a mandioca, estocar vento e nem se preocupar com a mosquita da vizinha, senhora presidenta. O povo brasileiro necessita de ações urgentes para acabar com essa crise político/econômica
O povo brasileiro não quer mais saudar a mandioca, estocar vento e nem se preocupar com a mosquita da vizinha, senhora presidenta. O povo brasileiro necessita de ações urgentes para acabar com essa crise político/econômica (Foto: Ricardo Fonseca)


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O Brasil vive dois regimes em um só: A falsa democracia e a ditadura da Justiça midiática. A situação já saiu tanto do controle, que você não sabe mais discernir uma matéria veiculada na mídia. Trata-se de uma notícia vazada misteriosamente dos arquivos judiciais secretos ou produzida pelos juízes-editores das redações dos "jornalões e revistonas" brasileiros.

Vivemos um estado de exceção, onde um juiz federal do Paraná, com o apoio global da mídia, interfere na autonomia dos 3 principais poderes da República sem que os tribunais superiores ou autoridades intervenham. Ou seja, um magistrado com superpoderes e autonomia pode, por livre e espontânea vontade, transformar qualquer cidadão de bem em bandido e destruir a sua reputação, liberdade e presunção de inocência com uma canetada só.

A situação é tão grave e ninguém ainda se deu conta disso, que o legislativo (Câmara Federal) parece agonizar com uma agenda de trabalhos atrasada e – pasmem! – com as manobras de seu presidente encalacrado nas cordas da lei. Os parlamentares são tratados por ele como marionetes e o nobre Conselho de Ética, com o intento de cassá-lo, lembra mais um grupo de pagode do bar da esquina, que só pode começar a tocar quando o dono do bar chega.

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Enquanto o poder judiciário está preocupado em vasculhar a Petrobras na Operação Lava Jato, única e exclusivamente pós-governo Lula e Dilma, o nascedouro da corrupção na principal e única estatal brasileira que Fernando Henrique Cardoso não conseguiu privatizar descansa em berço esplêndido como se não tivesse nascido lá atrás.

Prender um cidadão antes do trânsito em julgado é um estupro com areia à Constituição Federal Brasileira. Ou seja, em dias de hoje, ela mais parece um simples manual de trânsito, que todo mundo sabe que precisa ler, mais pouquíssimos o cumpre, quando estão realmente no trânsito. "Está se consolidando um caminho perigoso em nossa democracia", disse Marcos da Costa, presidente da OAB-SP, em evento realizado esta semana em São Paulo.

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Segundo ele, a decisão do STF mostrou que não há cláusula pétrea inafastável. Ele também destacou que a sentença apresentada causa estranheza porque o próprio Ministério Público não recorreu da sentença anterior que permitia ao réu recorrer em liberdade, mesmo com a condenação em segundo grau. Veja aqui.

Luiz Flávio Borges D'Urso (Conselheiro federal da OAB-SP) lembrou no mesmo evento que a "voz das ruas já condenou Cristo e elevou o nazismo". "Quem tem que ouvir a voz das ruas é o Congresso, o STF tem que ouvir a voz da Constituição".

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"Nossa massa carcerária não é formada por 'lava jatos', Abdelmassihs e Pimentas Neves [...] O Supremo errou feio", disse Augusto de Arruda Botelho, presidente do Instituto de Defesa do Direito de Defesa.

Com essa decisão inacreditável e absurda do STF, alguns advogados brasileiros, que já eram chamados pela opinião pública de defensores de bandidos, agora serão chamados de que?

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Concordo com Cláudio Mariz de Oliveira (ex-presidente da OAB-SP), que disse: "a escalada vingativa e punitiva desejada pela população, foi enfim representada por essa decisão do STF." Ou seja, "um sintoma de fuga em relação aos índices de criminalidade".

A partir dessa jurisprudência, você que está lendo esse texto agora, que se presume ser um "homem, mulher ou quaisquer gênero de bem", pode ter o dissabor de acordar amanhã com um batalhão de japoneses da polícia federal em sua porta, vasculhando as suas coisas e depois lhe conduzindo para o nada suntuoso monoplex da Polícia Federal no Paraná. Com direito a 15 minutos no Jornal Nacional, capas nas principais revistas e jornais do País, além de talvez uma tornozeleira eletrônica preta novinha em folha enfeitando a sua perna.

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Enquanto isso, "Furnas, Trensalão Paulista e Mensalão Tucano" prescrevem a olhos vistos sem que essa mesma justiça seletiva e parcial, que é caolha, os enxerguem. Sem falar na Paraty House (paraíso das offshores), um elefante branco que o PIG tenta a todo custo esconder.

Em tempos da politização da Justiça, as Forças Armadas se tornam meros "bonecos de chumbo" do "xerife ditador" togado (Presidente do Castelo dos Caçadores da Corrupção Petista). E a Presidenta da República e Congresso Nacional apenas uma boneca "Barbie" e pequenos "Legos" articulados, nesse mundinho em miniatura de peças marcadas que se tornou o Brasil. Com cenários apenas em São Paulo, Brasília e Curitiba, que mais se parece com brincadeira de criança.

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O governo federal já foi muito achacado e pagou um preço muito caro para ser esculhambado em rede nacional por concessões públicas diariamente. Já passou da hora de a presidenta Dilma puxar as rédeas da crise para si, deixar de ser mera espectadora e virar protagonista da sua própria novela global. Sua equipe também precisa entrar em campo para vencer esse jogo imediatamente. Caso contrário, o senhor Sergio Moro se consagrará como o primeiro presidente togado da República Brasileira de fato.

O povo brasileiro não quer mais saudar a mandioca, estocar vento e nem se preocupar com a mosquita da vizinha, senhora presidenta. O povo brasileiro necessita de ações urgentes para acabar com essa crise político/econômica, acabar com essa recessão e golpe midiático e de políticas emergenciais para recolocar o País nos trilhos novamente, como fez o ex-presidente Lula. Caso contrário, nossa democracia, que está ameaçada de extinção, ficará apenas nos livros de História do Brasil.

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