A ditadura avança de forma lenta, segura e gradual
"A democracia brasileira não tem como se defender de um tirano que quer transformar o Brasil num quartel – eis a dura realidade", avalia o jornalista Alex Solnik, ao falar das ações de Jair Bolsonaro. "Estamos assistindo à lenta, segura e gradual destruição da democracia, sem que haja alguma perspectiva factível de impedir seu avanço"
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia
Os que achavam que haveria freios e contrapesos suficientes para impedir que um presidente da República se transformasse num ditador e a democracia, na ditadura, estavam redondamente enganados.
A democracia brasileira não tem como se defender de um tirano que quer transformar o Brasil num quartel – eis a dura realidade.
Estamos assistindo à lenta, segura e gradual destruição da democracia, sem que haja alguma perspectiva factível de impedir seu avanço.
Ao contrário: ela é que avança a cada dia.
Hoje há notícia na Folha de S. Paulo de que a Cinemateca foi ocupada pelos militares.
Ontem, o ministro da Educação anunciou a criação de escolas cívico-militares.
O futuro tirano – ainda presidente – esmera-se em garrotear todas as instituições de controle e fiscalização do governo, cooptando-as ou, melhor, capturando-as como troféus de guerra, no que viola a constituição que jurou cumprir.
Seu objetivo é impor à nação o pensamento único – o seu.
Um “pensamento” que se compõe de saudosismo da ditadura militar, exaltação da tortura, anticomunismo delirante, desprezo às minorias e à mulher, destruição da arte, desrespeito com os seus semelhantes, apologia das armas, imposição do terror, total ausência de compaixão e civilidade.
Não é que não haja protestos nem quem se oponha. As instituições resistem. O STF ainda não foi dominado. A imprensa critica o avanço do autoritarismo. O Congresso ainda respira.
Mas o fato é que ele segue em frente, contra tudo e contra todos.
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