A direita não sabe ir às ruas. Suar não é seu forte. Sente-se muito mais à vontade no ar refrigerado das praças de alimentação nos grandes shoppings ou nos guichês de atendimento VIP dos bancos, de preferência nos HSBCs da vida
edit
Apoiada na grande mídia, nos partidos da oposição, capitaneada pelo PSDB, e nos setores conservadores da sociedade que nunca esconderam antipatia ou mesmo ódio ao PT e as esquerdas de uma forma em geral, a velha direita volta às ruas. Ou ao menos tenta.
A última vez que esse pessoal pegou sol na moleira em manifestação de rua foi 50 anos atrás, para pedir a derrubada de um presidente popular eleito e a tomada do poder pelos militares.
Não é mera coincidência que 5 décadas depois, os mesmos de sempre voltem a chafurdar fundamentalmente com os mesmos objetivos. A diferença é apenas quanto ao ânimo dos generais de hoje, muito mais preocupados com os seus afazeres constitucionais e patrióticos, nos quarteis, do que ouvir a idiotice de pedido de golpe militar.
A direita não sabe ir às ruas, não se sente à vontade com cabelo ao vento. Suar não é seu forte. Sente-se muito mais à vontade no ar refrigerado das praças de alimentação nos grandes shoppings ou nos guichês de atendimento VIP dos bancos, de preferência nos HSBC's da vida.
Quando a direita resolve brincar de exercer a sua cidadania "protestando" contra algo ou "reivindicando" alguma coisa, via de regra é contra pobre, preto, índio, mulheres, gays, trabalhadores em geral e demais segmentos historicamente abandonados pela elite dirigente deste país situada, principalmente, no eixo São Paulo/Rio de Janeiro/Belo Horizonte.
É por isso que as tais manifestações do "15 de março" é só isso: "manifestações do 15 de março".
Não tem identidade, CPF, CNPJ e sequer rosto. Ou melhor dizendo: não tem nada disso de forma velada, mas o brasileiro atento sabe exatamente as várias identidades, CPF's, CNPJ's e rostos que estão por trás das manifestações deste domingo sombrio para a democracia nacional - basta ver as capas das principais revistas do final de semana.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247