À direita é traição



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A eleição para a OAB trouxe à baila a questão das eleições diretas aos órgãos diretivos da instituição, proporcionais à quantidade de advogados por estado e não como é hoje, por um número fixo de representantes por estado. Ou seja, uma tese de comparação de representatividade entre o Senado Federal e a Câmara dos Deputados. O sistema representativo possui limitações e a fazer valer o exclusivo “uma pessoa, um voto”, é voltar à política do café-com-leite. Hoje, se juntarmos os três maiores colégios eleitorais, teríamos a possibilidade de cariocas, paulistas e mineiros impedirem toda e qualquer mudança constitucional, com mais de 40% dos eleitores e, por essa ótica, a mesma proporção no parlamento. Seria saudável uma política do, digamos, petróleo-com-ferro-e-açúcar?

Os jornalões insistem na tese do “apesar do Planalto”, mas continuam apoiando as deletérias “propostas” (ou falta de) econômicas que vendem patrimônio público e humano para salvar os patrimônios privados e familiares (incluindo o da familícia palaciana). Não adianta criticarem a inação que matou milhares de brasileiros pela Covid-19 e serem coniventes com o resto, como é peculiar de alguns desses jornais desde os tempos da ditadura. Como diz a música de Chico Buarque, “eu pergunto a você, onde vai se esconder?”

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Os robozinhos internéticos do ódio já estão em ação para combater os editoriais desses mesmos jornais com bons resumos do desgoverno Bolsonaro, que, infelizmente, não está ficando para depois. Como governante, quer ser eterno candidato, criando inimigos políticos imaginários. Como candidato, sequer apresentou propostas ou participou de debates para não revelar o que realmente está por trás desse discurso de “nova política”. Além do clamar para que faça algo, há a premente necessidade de ser penalizado pelos crimes diuturnamente cometidos, destruindo nosso patrimônio humano e material.

Na Folha de S. Paulo, a ombudsman Flavia Lima pergunta “quem vai salvar o jornalismo?”, limitando-se, porém, ao financiamento das ‘prensas modernas’. A contra-pergunta é se o jornalismo se salva de si mesmo, quanto a deixar explícitas suas tendências e preferências políticas. Ser plural não significa ser isento e até o citado The New York Times, que consegue se manter com assinaturas, declarou seu apoio a Joe Biden nas eleições presidenciais norte-americanas. Falta essa coragem ao jornalismo brasileiro, pois a prensa pensa.

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A história presente e as mazelas a que fomos levados em cinco anos são resumidos no jargão de que só há saída pela esquerda. A classe média brasileira não consegue entender que os altos impostos que paga é para sustentar os lucros do capital financeiro e não os programas sociais. No neoliberalismo, a classe média não é nem coadjuvante, mas, sim, cúmplice. Como disse o poeta, à direita é traição.

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