A difusão da agenda de Bolsonaro pela esquerda
Só há um conjunto de representantes na sociedade que repercutem mais as falas deste governo que os robôs guiados pelo gabinete do ódio bolsonarista: a militância de esquerda
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A forma que Bolsonaro usa para governar passa pela cartilha de Steve Bannon que se utiliza da estupefação canalha e da bandidagem política, isso não é mais nenhuma novidade. O que ainda impressiona é a capacidade da esquerda militante em continuar a reverberar e impulsionar a difusão desta estratégia. Tenho pra mim que só perdemos em ritmo de difusão das sandices de Bolsonaro para os robôs da milícia digital da direita.
Está claro que todas as semanas, o ritmo de notícias absurdas, conforme proposto pela cartilha Bannon, pauta a sociedade a começar pela imprensa! Bolsonaro fala uma merda no cercadinho e o fedor toma conta das redações de norte a sul do Brasil. É compreensível que a mídia se interesse pelo excêntrico presidente, contudo, tal operação é nitidamente confortável para este governo que não tem mais nada a oferecer, a não ser os lixos produzidos.
Creio ser até necessário reverberar as falas de Bolsonaro e seu governo, porém, não com seu ponto de vista. Bolsonaro merece o lixo da história e para tanto, é necessário que comecemos a encaminhá-lo para seu destino natural a começar pelo lugar que devemos destinar suas pautas. O lixo.
É necessário retirar Bolsonaro das manchetes. É necessário questionar o que de fato importa para o conjunto do povo brasileiro e a estes assuntos, sim, oferecer o espaço de destaque. É fundamental que não se debata com seriedade a falta de seriedade de Bolsonaro. Não é possível que, uma semana depois de vermos o fiasco da apresentação dos tanques na esplanada dos ministérios, agora, demos a Bolsonaro a importância de um golpe com data marcada.
Há um alarmismo latente e uma dependência de oferecer respostas a cada uma das insanidades que esses caras produzem. De tudo que essa gente faz, o que mostra uma capacidade impressionante, como já dito, é ver a militância de esquerda tratar Bolsonaro como se ele fosse um presidente de uma república. Não é. No máximo, Bolsonaro representa o que tem de mais escroto na Direita. E é a isso que deveríamos nos ater. Desmascarar a escrotice deste governo.
Só há um conjunto de representantes na sociedade que repercutem mais as falas deste governo que os robôs guiados pelo gabinete do ódio bolsonarista. A militância de esquerda. Semana passada, quase infarta porque haveria um golpe com os tanques da marinha, que foi fazer manobras em Goiás, o que, aliás, é por si só, um paradoxo. Esta semana, começamos com outro golpe. Este com data prevista para 7 de Setembro, com líderes escolhidos. Sérgio Reis, meia dúzia de supostos agroboys e o gado, cada vez mais confinado. Dois lados desta ferradura ideológica acreditam nisso. A parcela da direita escrota mais escrota, e a militância de esquerda que adora uma tese de republiqueta.
Tá na hora de arrumarmos o que fazer! Os brasileiros mais vulneráveis esperam muito mais da base militante da esquerda, mesmo que estes não saibam qual é nosso papel. E este é justamente a nossa tarefa, ir para as periferias e falar com o povo sobre o que queremos e mostrarmos quem somos, o que pensamos e porque fazemos oposição a este governo maldito.
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