A Copafestação, o dia do Saio e o Bebê FHC

Mesmo com um número recorde de pessoas, qual foi a vitória de quem se deslocou naquele dia para se manifestar? Nenhuma!

Mesmo com um número recorde de pessoas, qual foi a vitória de quem se deslocou naquele dia para se manifestar? Nenhuma!
Mesmo com um número recorde de pessoas, qual foi a vitória de quem se deslocou naquele dia para se manifestar? Nenhuma! (Foto: Ricardo Fonseca)


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Domingo amanhece ensolarado. Pelos quatro cantos do Brasil, centenas de milhares de pessoas acordam com vontade de fazer alguma coisa. Com um empurrãozinho da Rede Globo, que de minutos em minutos mostra flashs da manifestação, crianças, jovens, adultos e idosos tiram de seus guarda-roupas as magoadas camisas verde e amarelas da derrota de 7 x 1 e tentam reviver o tão falado Impeachment dos caras-pintadas da era #foraCollor.

Ponto para o marqueteiro que agendou a manifestação tucana para um dia sem quase nada pra fazer. Diferentemente do que marcou a concorrente pró-Dilma, que esqueceu que sexta-feira ainda se trabalha no Brasil.

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A coisa foi crescendo e crescendo e, bem mais que de repente, todas as televisões brasileiras engajaram-se na glamourização dos caras-pálidas pintadas, para aumentar a audiência de suas batidas programações.

Com direito a narração e entrevista com manifestante (coisa que não se viu na de sexta-feira), a manifestação, por fim, entrou no clima da revanche da fatídica derrota brasileira pela seleção Alemã. O grito de #foraDilma ecoou na mesma intensidade do #VaiBrasil, o grito reprimido da vergonha brasileira na Copa do ano passado, se transformou no grito da elite, que foi pouco beneficiado no governo petista. Estava formada a Copafestação, com direito a macacos fardados com fantasias das forças armadas brasileiras clamando pela "intervenção militar" e volta da ditadura. Onde já se viu uma barbaridade dessa, depois de tantos anos em busca da sonhada democracia. Deram holofotes pra um jumento que dizia que até o "Estado Islâmico", estava nas ruas brasileiras. Outra discrepância sem igual.

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Muitos acharam que mais de dois milhões de pessoas tomaram as ruas brasileiras. Quem perdeu foram os simpatizantes do tucano Aécio Neves, que ao invés de estar na porta de sua casa caminhando com manifestantes (em plena Vieira Souto no Rio), estava no ar condicionado congelante de seu big apartamento de Ipanema, "manifestando" da janela com seu poderoso Iphone 6. Enquanto que seus fãs estavam caminhando sob um sol escaldante pedindo o Impitiman da presidenta Dilma.

Apesar de incomparável o número de presenças nas duas manifestações: A que apoiava a presidenta feita pelas centrais sindicais realizada num chuvoso dia útil (por falha do marketing), realmente não teve o volume esperado e nem o "approach" da mídia comprometida. Já a Copafestação tucana disfarçada teve números astronômicos e não poderia ser diferente pelos seguintes pontos: 1- Realizada num fim de semana; 2- Apoio total da mídia; 3- Transmitida em todos os canais de televisão. Fatos relevantes que mostram dois pesos e duas medidas da imprensa nacional.

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No meu entendimento, mesmo com grande numero de robôs teleguiados nas ruas, a Copafestação dos tucanos não teve nem de longe a participação de todos os eleitores de Aécio. Fato que também demostra que a "elite branca, negra ou mestiça (como queiram)" não está assim tão teleguiada com dantes.

Na verdade muitos Aeceiros (como o próprio) não saíram de sua zona de conforto para fazer piada pronta nas ruas. Claro que eles sabiam que esses protestos não iam dar em nada, inclusive integrantes do PSDB e representes na blogosfera deram declarações afirmando que um Impitiman era utopia. O Brasil fatalmente não conseguiu soltar o grito reprimido de gol, entalado na garganta desde a última Copa. O brasileiros presentes ou não nas ruas apenas puderam ver o quanto uma boa propaganda de produto nenhum pode transformar nada em coisa alguma. Ou seja, mesmo com um número recorde de pessoas, qual foi a vitória de quem se deslocou naquele dia para se manifestar? Nenhuma!

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A maior vitória talvez tenha tido o agora ex Ministro da Educação Cid (Cabra Macho) Gomes, que ao invés de usar a tribuna da Câmara para se ajoelhar aos desmandos do PMDB, conforme orientação presidencial, manifestou toda a sua indignação contra os mais de 400 deputados federais, que segundo ele, "são achacadores".

Essa palavra eu não conhecia no meu dicionário. Ou melhor, até conhecia, mas por outro nome: Vigarista, ladrão... Ora, ora, ora!!! Por que tanto o Sr. presidente Eduardo Cunha ficou tão doído ao ponto de formalizar um processo contra Cid Gomes, se os senhores Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef e Cia Lava Jato disseram a mesma coisa dos parlamentares e ninguém fez nada?

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Se Cid pegou pesado não podemos nos dar ao luxo de julgar, mas que ele naquele momento na tribuna do plenário deve ter pensado: "Se é para o bem da Dilma e felicidade geral do PMDB. Digo ao povo que Saio; mas pela direita!" disto eu tenho certeza absoluta. Esse cearense arretado da moléstia mostrou ao Brasil e ao mundo pelo menos uma coisa: Ele tem sim "aquilo roxo".

Em contrapartida, quem era pra ficar roxo, mas de vergonha, era o senhor "Enganando Henrique Cardoso". Que todos conhecem pela alcunha de FHC. Explico: numa declaração vergonhosa e degradante, ele rebate a declaração da presidenta Dilma (a corrupção foi o principal motivo que levou os manifestantes às ruas), dizendo que: "Essa Corrupção (na Petrobras) não é uma senhora idosa, é uma mocinha, um bebê quase".

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Mas menino! Que FHC tem sérios problemas com idosos o País inteiro sabe e, lembra de cor e salteado, que no seu governo ele disse: "Pessoas que se aposentam com menos de 50 anos são vagabundos, que se locupletam de um País de pobres e miseráveis". E defendeu (naquela época) uma dura reforma na Previdência, que foi barrada no Congresso Nacional. FHC, pasmem! Se aposentou como professor da USP aos 37 anos pelo Ato Institucional N°5 - AI-5. E sua primeira esposa e ex primeira dama Ruth Cardoso se aposentou aos 55 anos. Questionada sobre as declarações do então marido, Dona Ruth disse: "Eu não tenho nada a ver com o que o presidente disse". Ou seja, FHC, em sua declaração, se autodenominou "Vagabundo -Mor", pois como os que criticara, também se aposentou bem antes dos 50 anos.

Termino esse texto tentando mensurar o tamanho da cara de pau de FHC para afirmar que a "corrupção brasileira é um bebê", se quando foi presidente, já haviam nascidos mais de 45 escândalos iguais ou piores ao da Petrobras, que ele tanto lutou, mas não conseguiu privatizar. Que o tolinho Vovô FHC ao invés de hidratante, utilize melhor aquele lustroso "Óleo de Peroba", comprado por Dona Ruth, que ele guarda dentro de suas preciosidades, no fundo daquele velho e empoeirado baú. #Ficaadica

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