A cada revelação, a constatação de que o sistema público brasileiro anda apodrecido

Moro está obrigado a tocar para frente os processos contra “aliados” de pensamento ideológico, porque o Brasil precisa passar a limpo quem de fato são os ratos de porão do Sistema Público brasileiro

Brasília- DF 09-09-2015 Foto Lula Marques/Agência PT Juiz, Sergio Moro na ccj do senado.
Brasília- DF 09-09-2015 Foto Lula Marques/Agência PT Juiz, Sergio Moro na ccj do senado. (Foto: Walter Santos)


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O processo denominado de “Lava Jato” iniciado lá atrás a partir da descoberta pela Receita Federal de volume assustador de movimentações financeiras pelo doleiro Yousseff, em Brasilia, nem de longe poderia imaginar que nas fases mais adiante estaria diante da desnudação de que o Sistema Público brasileiro envolvendo todas as instâncias de Poder está tomado de ações de desvios de recursos públicos atingindo renomados nomes do País. Em síntese, a corrupção tomou conta dos Poderes.

Na essência, ao ser constatado de que a cada dia ou semana novos fatos “cabeludos” são revelados envolvendo nomes poderosos da República, está mais do que claro que o conjunto de Poderes anda apodrecido.

A VEZ DO JUDICIÁRIO

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Pelo que se comenta com insistência nos bastidores de Brasilia, o próximo alvo dos escândalos de desvios de recursos públicos será a cúpula do Judiciário Brasileiro, através de membros do Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal.

Não é à tôa que, também em Brasilia, fala-se com frequência de que o STF só não decretou a prisão preventiva dos senadores Renan Calheiros, José Sarney e Romero Jucá porque isto implicaria em revelação pelos parlamentares de nomes do Judiciário envolvidos em tramas de desvios.

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Da mesma forma dir-se-ia do pedido de prisão do deputado federal Eduardo Cunha não ser deflagrado porque ele ameaçou citar nomes de ministros e até do presidente interino Michel Temer em esquemas – algo que desabaria o “status quo” de quem comanda o Impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Cunha foi ao Palácio dizer isso a Temer, conforme fala-se na Capital Federal.

E tudo isto é um absurdo inominável porque cada vez mais fica explicito de que a derrubada e/ou afastamento da presidenta fazia e faz parte de uma tentativa de sufocar e acabar com os desdobramentos da “Lava Jato”, algo que agora nem o Juiz Sérgio Moro nem o STF tem mais condições de implodir.

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FOCAR SÓ NO PT JÁ NÃO FUNCIONA

Qualquer observador mirim, mas atento, pode constatar que a esquematização entre setores do Judiciário, Ministério Público, PF com respaldo da Grande Midia para fulminar e extinguir o PT e sua maior liderança, o ex-presidente Lula, já não funciona na mesma intensidade.

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Nem mesmo a imposição radical de prender desnecessariamente o ex-Ministro Paulo Bernardo como forma de evidenciar negativamente o PT,  consegue mais se manter com abrigo legal e efeito pretendido porque, também está evidente, a postura do Judiciário, em especial do Juiz Sérgio Moro, de omitir qualquer ação punitiva contra os lideres do PMDB, PSDB, DEM, etc – muitos envolvidos em delações, como o senador Aécio Neves, sem que haja uma só ação de Moro.

A cada dia que passa, o Juiz se vê abarrotado de graves denúncias envolvendo Figuras, então exponenciais da Política,  fazendo-o, irreconhecivelmente, negar o acatamento de delações muito especiais, a exemplo do empresário Marcelo Odebrecht porque em acontecendo mostrará ao Brasil a realidade de envolvimento de todos os Poderes na corrupção e desvios no País.

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Mas, por incrível que pareça, Moro não quer aceitar a delação de Marcelo.

Ele, que faz de tudo para ficar na história como carrasco exclusivo do PT, também já não tem mais como segurar a onda em contrário, não dos petistas e de Lula, mas de denúncias escabrosas contra os partidos no comando do Poder.

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Moro está obrigado a tocar para frente os processos contra “aliados” de pensamento ideológico, porque o Brasil precisa passar a limpo quem de fato são os ratos de porão do Sistema Público brasileiro.

 

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