250 mil mortos: Bolsonaro tem que pagar pela tragédia que não evitou

Aquele que posou de humilde e homem do povo abandonou os brasileiros à própria sorte e pior: incentivou a irresponsabilidade e, portanto, o contágio



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Por Thiago Manga

O Brasil atingiu a tenebrosa marca, às 18h03 desta quarta-feira, de 250 mil mortos por Covid-19 desde o início da pandemia. No momento historicamente trágico chovia em São Paulo, o estado e a capital campeões de óbitos causados pelo vírus no país. Talvez tenham sido lágrimas de quem olha lá de cima o desastre e que ninguém se esqueça: violentamente – não poderia usar outra palavra – potencializado pela irresponsabilidade, despreparo, covardia e crueldade daquele que foi eleito dizendo que iria “salvar o país”.

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Aquele que posou de humilde e homem do povo abandonou os brasileiros à própria sorte e pior: incentivou a irresponsabilidade e, portanto, o contágio. Em se tratando de uma doença letal como a Covid-19, não há outra conclusão lógica a não ser a de que Jair Bolsonaro, o presidente da República, incentivou a morte de brasileiros e brasileiras.

O “mito”, ao invés de agir como tal, agiu como um moleque mal-educado e irresponsável, aliás como de costume ao longo dos últimos 35 anos de vida pública, a enorme maioria dela na Câmara dos Deputados, escondido no gabinete ou enchendo tanques e mais tanques de gasolina dos seus carros oficiais. Ou claro, distribuindo ofensas e bravatas.

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Desde o início da propagação do vírus, Bolsonaro minimizou a pandemia. Primeiro, foi contra a quarentena inicial. Tanto que o STF teve que, ao ser provocado, garantir o direito de cidades e estados de não deixar suas populações morrerem sem atendimento médico. Depois, foi contra o isolamento social. Também criticava o uso de máscaras, não raramente com “piadelas” de cunho homofóbico.

O presidente foi às ruas regularmente durante a pandemia, na maioria das vezes causando aglomerações e, claro, sem utilizar máscara, para não restar qualquer dúvida sobre a postura do homem que ocupa o maior cargo político do país. O homem mais vil que já se sentou na cadeira presidencial do Brasil teve a pachorra de chamar a doença que tirou a vida de 250 mil pessoas de “gripezinha”, ainda no início da maior tragédia da história do país. O que tira o que restou do sono e causa indignação é que milhares de mortes poderiam ter sido evitadas se o governo do país tivesse levado a pandemia à sério. É óbvio ululante que não foi este o caso.

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Para além de ideologias e bandeiras partidárias, Bolsonaro cometeu crime contra a saúde pública. Contra a vida. A coisa saiu da esfera política comum e adentrou a esfera criminal, da morte por negligência ao genocídio. O homem que pregou a honestidade para seu povo precisa ser responsabilizado pelos crimes que cometeu em sua macabra condução do governo federal frente ao coronavírus.

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