Primeiro-ministro peruano diz que governo de Pedro Castillo "é desprezado pela direita e extrema direita"
O chefe do gabinete ministerial criticou a direita por querer derrubar o presidente do país
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Agência Regional de Notícias - O presidente do Conselho de Ministros do Peru, Aníbal Torres, criticou nesta segunda-feira (14) que setores políticos querem desalojar do poder o presidente Pedro Castillo e afirmou que seu governo "é desprezado pela direita e extrema direita que governou o Peru 200 anos da vida republicana”.
Da mesma forma, afirmou que esses setores que querem censurar Castillo quando estavam no governo deixaram "a saúde de baixa qualidade e uma infraestrutura que é um verdadeiro desastre" no momento em que estavam no governo. "Uma segurança que não nos permite trabalhar normalmente, agricultura sem planejamento. Até o camponês que nos alimenta é desprezado", disse.
Torres afirmou que a "classe política" que agora quer desocupar o presidente pensa que não tem "condições para ser presidente", pois "não atende às características raciais que provavelmente ela tem".
Enquanto isso, a deputada do Peru Libre, María Agüero, falou sobre a moção de vacância do cargo de presidente e argumentou que "os golpistas estão com pressa". Além disso, falou sobre como o “direito prevalece sobre a razão” e lamentou que o Parlamento não priorize o debate das diferentes iniciativas que foram promovidas para a população.
“Os golpistas estão com pressa para desalojar Pedro Castillo. Essa mesma maioria de direita no Congresso prevalece sobre a razão, e o debate sobre os projetos de lei para o povo é novamente engavetado", escreveu em sua conta pessoal no Twitter.
Por sua vez, o ex-presidente do Conselho de Ministros e deputado do Peru Democrático, Héctor Valer, disse à mídia local que Castillo confessou que "não teria nenhum problema" em ir ao Congresso para apresentar sua posição e responder às perguntas que fazem a Pedro Castillo.
Em contrapartida, a ex-ministra da Mulher e Populações Vulneráveis, Anahí Durand, indicou, após anunciar que o Plenário do Congresso alcançou 76 votos para admitir a moção de vacância presidencial contra Castillo por suposta incapacidade moral permanente, que o uso desse recurso para removê-lo da presidência é um absurdo.
“Os mesmos golpistas que gritaram sobre fraudes se unem à Ação Popular e à Aliança para o Progresso para aprovar a absurda moção de vacância contra o presidente Castillo mostram que estão dando as costas às necessidades do povo, obstinados em conseguir o poder a qualquer custo”, expressou. E sentenciou: “Se o presidente sair, deixe o Congresso sair também”.
Nesta segunda-feira (14), a moção de vacância do cargo de presidente foi aprovada com 76 votos a favor, 41 contra e uma abstenção. O debate final e a votação vão ocorrer no dia 28 de março.
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