Presidentes da Venezuela e da Colômbia assinam acordo comercial
Petro enfatizou que espera que a fronteira entre os dois países não seja a separação de pessoas, mas “o ponto comum que une as pessoas que vivem aqui e ali, sem barreiras”
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Telesur - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, assinaram na quinta-feira (16) o Acordo Parcial de Natureza Comercial nº 28.
A reunião decorreu na Ponte Internacional Atanasio Girardot, na fronteira comum, com delegações de ambas as partes.
"É um prazer estar aqui nesta fronteira, que agora podemos cruzar sem grandes problemas. Estamos aqui para assinar um acordo parcial que é mais um passo para a integração, que acredito que nunca deveria ter sido suspenso", disse Petro.
Ele disse que as pontes entre as duas nações devem ser preenchidas com o comércio e que as barreiras que ainda possam existir a essa atividade devem ser removidas.
"Temos acordos alfandegários e administrativos. O acordo parcial que acabamos de assinar ainda tem muito trabalho a fazer porque não se trata apenas de encher essas pontes de comércio, mas também de gente que pode ir e vir", afirmou.
Em conclusão, Petro enfatizou que espera que a fronteira entre os dois países não seja a separação de pessoas, mas “o ponto comum que une as pessoas que vivem aqui e ali, sem barreiras”.
Por seu lado, o presidente venezuelano destacou a importância do caminho da reunificação entre os dois países.
“Para nós é fundamental que percorramos o caminho do reencontro, da união, da reunificação entre dois povos que sempre foram marcados pelo destino de viver como irmãos e irmãs”, afirmou.
O presidente afirmou que as relações entre as duas partes "estão a assumir uma nova dinâmica de diálogo político e diplomático, uma nova dinâmica econômica, comercial e demográfica. No passado dia 1 de Janeiro demos um importante passo para abrir todas as pontes que nos unem e para regularizá-las, pois estão sendo regularizadas".
“Estamos numa nova fase de construção de relações em todos os sentidos, em todas as áreas. Mesmo que ainda não tenham atingido as dimensões das nossas aspirações, as nossas relações econômicas e comerciais estão em bom ritmo, em uma boa dinâmica”, sublinhou.
O chefe de estado lembrou que a Venezuela está sujeita a “um regime de bloqueio, perseguição econômica, comercial e financeira, de sanções ilegais e imorais que atingem a espinha dorsal do rendimento nacional”. Por isso, é preciso traçar um plano de economia de guerra “para realizar ações de criação de novos sistemas, de estímulo à produção nacional e, felizmente, estamos avançando”.
“Neste primeiro mês do ano de 2023, mantemos o ritmo de crescimento, de boa atividade comercial, e é neste quadro que se realiza este reencontro com a Colômbia”, afirmou o presidente Maduro, acrescentando que o acordo assinado “coloca no caminho de trabalho de produtividade e crescimento econômico e comercial de ambos os países, olhando para frente."
Por outro lado, comentou a possibilidade de formar uma equipe econômica para começar a projetar e desenhar "a criação desta zona econômica binacional de desenvolvimento conjunto entre Norte de Santander e Táchira".
No dia 3 de fevereiro, o presidente venezuelano assinou um acordo com o ministro colombiano do Comércio, Indústria e Turismo, Germán Umaña Mendoza, para promover e proteger os investimentos entre as duas nações.
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