América latina

Presidente da Colômbia acusa militares da reserva de 'conspirarem golpe de Estado' contra o país

Motivo, segundo o presidente, é o medo de "que se acabe com a impunidade"

(Foto: Presidencia Colombia)


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Sputnik - O líder colombiano, Gustavo Petro, tem enfrentado algumas crises no governo, tanto por membros de sua gestão quanto pela ala militar, principalmente a reformada, que vem protestando contra sua administração.

Na quinta-feira (11), em resposta às declarações concedidas pelo coronel reformado John Marulanda, Petro indagou por que os militares da reserva estão "conspirando um golpe de Estado no país" e em seguida o próprio presidente respondeu, afirmando que tal fato acontece porque "estão com medo que se acabe com a impunidade".

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Por que eles estão conspirando para um golpe? Porque eles estão com medo de que acabemos com a impunidade. A verdade os intimida tanto que eles se desesperam. Escondem dos tribunais o que a sociedade já sabe: a enorme corrupção do Estado e o genocídio, a violência e o terror desencadeados sobre o povo são duas faces da mesma moeda.

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Em entrevista nesta semana à rádio à rádio W., Marulanda afirmou que no Peru, "os reservistas foram exitosos ao conseguirem defenestrar um presidente corrupto. Aqui vamos dar nosso melhor para defenestrar um tipo que foi guerrilheiro", segundo o jornal O Globo.

Marulanda referia-se ao ex-presidente peruano, Pedro Castillo, que tentou fechar o Congresso, mas acabou destituído e preso no mesmo dia.

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Após as declarações do oficial da reserva, Petro foi ao Twitter alertar para a possibilidade de um golpe de Estado, apesar de o pronunciamento não ter sido de alguém ativo nas Forças Armadas colombianas. Sua chefe de despachos na Presidência, Laura Sarabia, também criticou as declarações, afirmando que não se pode pôr em dúvida o caráter democrático das forças.

"Discordar do governo é muito diferente de incitar um golpe de Estado. E se alguém da reserva faz tal chamado não é apenas um agravante, mas também uma desonra para o uniforme que um dia portou. A tradição democrática de nossas Forças jamais deve ser posta em dúvida", disse Sarabaia citada pela mídia.

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Posteriormente, Marulanda voltou atrás e mudou o discurso, mas a polêmica já havia sido desencadeada.

"Eu corrijo o que disse. Não se trata de defenestrar o presidente Gustavo Petro como foi com o [então] presidente peruano, Pedro Castillo."

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A entrevista do militar reformado ocorreu após centenas de homens aposentados das Forças Armadas se manifestarem na Praça Bolivar, a principal de Bogotá, na quarta-feira (9). No local, gritaram várias vezes "Fora Petro" e levaram cartazes afirmando haver "desprezo progressista" com as forças de segurança.

Em abril, Petro pediu a ministros que renunciassem, já que não estavam apoiando as reformas propostas pela sua administração. Na época, o presidente disse que era necessário "repensar o governo", conforme noticiado.

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