Presidente da Bolívia prega a paz e antecipa censo demográfico, pivô da crise com a oposição
O anúncio foi feito após um dia violento diante da mobilização grevista no departamento de Santa Cruz pela antecipação do Censo
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Sputnik Brasil - O presidente da Bolívia, Luis Arce, pediu a pacificação do país em pronunciamento feito na madrugada desta sexta-feira (11) e marcou o censo demográfico para 23 de março de 2024, um mês antes do previsto. O anúncio foi feito após um dia violento diante da mobilização grevista no departamento de Santa Cruz pela antecipação do Censo.
O dia 11 de novembro marcou o 21º dia de greve em Santa Cruz, reduto da oposição ao governo Arce, para exigir a redistribuição dos recursos econômicos e das cadeiras parlamentares, que dependem do censo.
O Censo de População e Habitação, previsto na Constituição boliviana para ser realizado a cada 10 anos, estava inicialmente previsto para 16 de novembro de 2022, mas foi adiado por motivos técnicos para 2024, em reunião entre o presidente Arce e autoridades regionais.
“O censo vai decorrer a partir de 23 de março de 2024 e a redistribuição será em setembro”, disse Arce, em coletiva de imprensa.
Durante o dia, manifestantes ligados ao partido governista Movimento ao Socialismo (MAS) entraram em confronto com oposicionistas com marretas e fogos de artifício.
Os grevistas, aparentemente filiados ao Comitê Cívico de Santa Cruz, organização que luta pelos interesses da região, apoderaram-se de instituições públicas e incendiaram uma sede camponesa. Os oposicionistas mobilizados estão fechando ruas e estradas, colocando o país em situação bastante conflagrada.
"Mais uma vez nosso país está sendo ameaçado por tentativas desestabilizadoras de algumas pessoas que pretendem interromper mais uma vez a ordem democrática, a tranquilidade das famílias bolivianas e até mesmo dividir a Bolívia, como tentaram mais de uma vez — falhando em suas tentativas", denunciou Arce.
Movimentos sociais, como as Bartolinas, alertaram para um risco de reedição do golpe que derrubou o ex-presidente Evo Morales em 2019.
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