América latina

Premiê do Peru se posiciona e proposta de referendo constitucional em outubro ganha força

Consulta busca medir apoio a uma nova constituição, principal proposta de campanha de Pedro Castillo

(Foto: Reprodução)


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Brasil de Fato - O primeiro-ministro do Peru, Aníbal Torres defendeu a realização de um referendo constitucional junto às eleições regionais, de outubro. Uma nova constituição para substituir a atual, da época da ditadura de Alberto Fujimori, foi um dos principais lemas da campanha do atual presidente, Pedro Castillo. 

O posicionamento de Torres dá força à proposta, que enfrenta resistência no Congresso. 

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A proposta de referendo constitucional foi apresentada na última segunda-feira (18), durante a sessão do Congresso que aprovou a realização de um plebiscito para decidir se o Congresso peruano passa a ser formado por duas câmaras parlamentares ou permanece com apenas uma. A ideia é aproveitar a data para fazer uma segunda consulta, sobre mudar a constituição.  

"Se faremos um referendo para consultar se o povo quer uma câmara ou duas câmaras no Congresso, também devemos colocar uma segunda pergunta para consultar se querem ou não uma assembleia constituinte", declarou Torres. 

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Na sessão do dia 15 de julho, o pleno aprovou por 71 votos favoráveis, 45 contrários e seis abstenções a realização de um plebiscito que consulte os peruanos sobre a divisão do atual Congresso, composto por 130 parlamentares, em duas câmaras: um senado, com 45 senadores, e uma câmara de deputados com 130 legisladores. 

A consulta deve ser realizada junto às eleições regionais, no dia 2 de outubro, quando cerca de 24,7 milhões de peruanos irão eleger seus governadores e prefeitos para o período de 2023 a 2026.

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A proposta de reforma constitucional já havia sido apresentada ao parlamento pela congressista Margot Palacios (Peru Livre), em abril deste ano. O texto propõe a convocatória de uma constituinte com 300 representantes em paridade de gênero. E que estes assentos sejam reservados na seguinte proporção: 30% aos partidos políticos, 25% para afroperuanos, 10% para sindicatos de trabalhadores, 10% organizações juvenis, 5% empresários, 5% para grêmios profissionais. 

A convocatória deveria ser lançada pelo presidente e reunir 1 milhão de assinaturas de apoio para dar início ao processo, que teria um prazo de 24 meses para votar um novo texto constitucional.

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Ainda em abril, Castillo apresentou um projeto de lei com reformas constitucionais, que iriam permitir a realização de um referendo sobre a convocação para uma Assembleia Constituinte no país - algo que não está previsto na norma vigente.

A atual carta magna peruana foi aprovada durante o regime de Alberto Fujimori, em 1993, e não possui qualquer mecanismo que preveja sua reforma através de consulta popular. Fujimori assumiu o poder em 1990 e permaneceu dez anos no comando do Peru após realizar um autogolpe e, com apoio da cúpula militar, fechar o Congresso do país. O ex-ditador foi condenado a 25 anos de prisão por crimes de lesa humanidade.

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