América latina

Peru: reforma constitucional não é prioridade para a maioria da população, segundo pesquisa

O presidente peruano, Pedro Castillo, enviou um projeto de lei ao Congresso na semana passada para permitir um processo de reforma constitucional

Pedro Castillo
Pedro Castillo (Foto: Reuters/Alessandro Cinque)


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ARN - A maioria dos cidadãos peruanos, tanto nas áreas urbanas quanto nas rurais, considera que o governo não deve abordar com urgência ou prioridade a reforma constitucional, de acordo com uma pesquisa da consultoria CPI publicada segunda-feira pela Rádio Programas del Perú (RPP).

O presidente peruano, Pedro Castillo, enviou um projeto de lei ao Congresso na semana passada para permitir um processo de reforma constitucional que inclui um plebiscito, a ser realizado em paralelo às eleições regionais de outubro, e a consequente convocação de uma assembleia constituinte. A iniciativa é rejeitada pela oposição, cujo apoio seria necessário para que seja aprovada, enquanto alguns juristas questionam sua constitucionalidade.

Neste domingo, Castillo insistiu que uma reforma constitucional é necessária para alcançar a estabilidade política no Peru e assegurou que este tem sido "um grito de organizações sociais". No entanto, apenas 23,8% dos peruanos o consideram prioritário, enquanto 72,6% não o consideram importante. O apoio à iniciativa é maior em áreas rurais específicas onde o governo tem mais apoio, mas mesmo nestas permanece entre 35% e 40%.

Uma pesquisa da Ipsos Peru publicada na semana passada informou que 7% dos peruanos consideravam a reforma constitucional uma prioridade.

A popularidade de Castillo 

A CPI também questionou os entrevistados sobre a aprovação ou reprovação do governo Castillo, que está no poder há nove meses, após ter sido eleito no segundo turno com 50,13% dos votos.

O governo tem a aprovação de 21,2% da população, percentual inferior aos 23,4% que tinha em janeiro, no último levantamento anterior da consultora. Enquanto isso, a reprovação chega a 72,5%, acima dos 66,9% anteriores. O gerente geral da CPI, Omar Castro, sublinhou em sua análise no RPP que a reprovação também vem crescendo nas áreas rurais onde Castillo obteve os melhores votos.

Mais de dois terços dos peruanos querem que Castillo deixe a presidência, disse Castro, citando dados que não foram divulgados pela pesquisa. Entre eles, 66,6% preferem que ele renuncie, enquanto 29,5% consideram melhor que o Congresso aprove uma moção de impeachment.

A grande diferença entre as opções foi atribuída por Castro à reprovação do Congresso, que segundo ele supera 80%. Nessa mesma linha, 86,2% apoiam "que todos saiam", ou seja, que tanto o Executivo quanto o Legislativo renuncie e novas eleições sejam convocadas.

Quanto a quem substituiria Castillo, 27,3% preferem que a vice-presidente, Dina Boluarte, o faça, enquanto 20,6% consideram melhor que seja a presidente do Congresso, María del Carmen Alva.

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