América latina

Organização indígena do Equador encerra negociações com governo e pede renúncia de Lasso

“A CONAIE interrompe esse processo de diálogo e se retira dos esforços de monitoramento”, disse seu presidente, Leonidas Iza

(Foto: LUISA GONZALEZ/REUTERS)


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QUITO, 24 Fev (Reuters) - Uma importante organização indígena equatoriana disse na sexta-feira que não continuará as negociações com o governo do presidente Guillermo Lasso, afirmando que a administração não cumpriu os acordos e pediu a renúncia do mandatário por suposta corrupção.

O governo disse que chegou a dezenas de acordos com a organização indígena CONAIE, incluindo uma moratória temporária sobre blocos de petróleo na Amazônia e a suspensão de novas concessões de mineração em território ancestral até que as leis de consulta à comunidade possam ser aprovadas.

A CONAIE concordou no ano passado em encerrar semanas de protestos em troca de negociações sobre os acordos, mas disse na sexta que Lasso não cumpriu sua palavra.

“A CONAIE interrompe esse processo de diálogo e se retira dos esforços de monitoramento”, disse seu presidente, Leonidas Iza, a jornalistas após se reunir com outros grupos indígenas. "É evidente que não existe vontade política do governo para cumprir".

Iza disse que as organizações estão pedindo que Lasso deixe o cargo e solicitando aos legisladores que abram um processo de impeachment, mas não chegaram a convocar protestos nacionais.

"Senhor Guillermo Lasso, pela dignidade de nosso país, por sua incapacidade de governar e resolver os problemas mais importantes dos equatorianos, apresente sua renúncia", disse Iza.

Lasso entrou em confronto repetidamente com a Assembleia Nacional controlada pela oposição, onde alguns legisladores tentaram derrubá-lo durante as manifestações de 2022.

Ele prometeu melhorar a economia e combater o aumento da criminalidade, mas, embora seu governo tenha renegociado acordos de petróleo e algumas dívidas, os esforços para fazer reformas na segurança não conseguiram o apoio dos eleitores em um referendo recente.

Os promotores inspecionaram escritórios da petroleira estatal Petroecuador e um escritório da presidência no início deste mês como parte de uma investigação sobre supostos subornos. O escritório de Lasso disse que tem tolerância zero com a corrupção.

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