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OCDE alerta para crise alimentar na América Latina

"O mais urgente é evitar uma crise alimentar", disse o economista-chefe da OCDE, Laurence Boone

Colheita de milho
Colheita de milho (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)


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ARN - A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apresentou seu relatório semestral de Perspectivas Econômicas nesta quarta-feira (8). Apesar da previsão de crescimento em todos os países membros da América Latina, o relatório alerta para o risco de uma "crise alimentar" global que também pode afetar a região.

Segundo a organização, os indicadores mundiais pioraram devido às consequências da guerra na Ucrânia e é urgente evitar uma crise alimentar que, se ocorrer, atingirá mais fortemente os países em desenvolvimento.

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"O mais urgente é evitar uma crise alimentar", explicou o economista-chefe da OCDE, Laurence Boone. "A magnitude de quanto menor será o crescimento e quanto maior será a inflação dependerá de como a guerra se desenrolará, mas está claro que os pobres serão os mais atingidos. O preço desta guerra é alto e deve ser compartilhado", acrescentou Boone.

A OCDE prevê que o PIB da Argentina cresça 3,6% este ano e 1,9% em 2023. No Brasil, a previsão é de 0,6% para 2022 e 1,2% para o próximo ano, enquanto no Chile é de 1,4% e 0,1%, respectivamente.

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Em ano eleitoral, a Colômbia é o país com melhores perspectivas para 2021: projeta-se um crescimento de 6,1% e 2,1% para 2023, enquanto a Costa Rica crescerá 3,2% este ano e 2,6% no ano seguinte. Finalmente, para o México, eles projetam um crescimento do PIB de 1,9% e 2,1% para 2022 e 2023, respectivamente.

Em relação à Argentina, o relatório alerta que "a alta inflação pesa muito sobre o consumo e o investimento", ponto chave na renegociação da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) tomada pelo ex-presidente Mauricio Macri em 45 bilhões de dólares. Além disso, no Chile, ele lembra o processo de modificação da Constituição que está sendo realizado no país e detalha que "provavelmente impedirá o investimento das empresas".

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A nível global da OCDE estimaram que a inflação, que este ano se situará em 8,5 pontos percentuais para os 38 países membros, abrandará apenas em 2023, quando a zona euro atingir um aumento geral de preços de 4,6%.

Durante a Cúpula das Américas em Los Angeles, o presidente do governo dos Estados Unidos e anfitrião do encontro, Joe Biden, anunciará um investimento de mais de 300 milhões de dólares em assistência à região em questões de segurança alimentar, segundo o jornal The New York Times.

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Relatório do Banco Mundial

O Banco Mundial apresentou nesta terça-feira suas perspectivas de crescimento para 2022 e na América Latina e Caribe, Argentina, Brasil e Colômbia são os países que vão crescer. Chile, Equador, El Salvador, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Santa Lúcia e São Vicente e Granadinas, ajustam-se para baixo, enquanto os demais países mantêm os mesmos números que a agência apresentou em abril passado.

O banco divulgou um relatório que prevê que o crescimento desacelere para 2,5% em 2022 e 1,9% em 2023 na América Latina e no Caribe. No relatório de abril, a perspectiva era de 2,3% para este ano e 2,2% para 2023.

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