América latina

No exílio, Rafael Correa diz que quer voltar ao Equador

O ex-presidente Rafael Correa, que recebeu asilo na Bélgica, lamentou a "judicialização da política" com que os líderes progressistas da América Latina são perseguidos

(Foto: Reuters)


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ARN - O ex-presidente do Equador, Rafael Correa, garantiu nesta quarta-feira (27) que quer voltar ao seu país para apoiar a esquerda nas eleições, porque sabe que tem "capital político".

Isso foi enfatizado pelo ex-presidente (2007-2017) em entrevista à EFE onde lamentou a “judicialização da política” com que são perseguidos os líderes progressistas na América Latina.

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“Com toda humildade, mas objetivamente, quem tem o capital político sou eu. E uma eleição com Correa no Equador é uma coisa, e outra sem Correa no Equador”, disse.

No momento, o ex-presidente não pode retornar ao seu país, pois, segundo afirmou, se puser "um pé no Equador" o levariam para a cadeia de onde não sairia vivo, mas que "de maneira alguma " isto faz com que ele se afaste politicamente do país sul-americano.

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“Pelo contrário, é uma mensagem forte que eles sempre foram os corruptos. Perderam-se todos os limites dos escrúpulos na América Latina e, em particular, no Equador”, sublinhou.

Sobre o governo chefiado por Guillermo Lasso, Correa disse que a estratégia é “criar escândalos para desviar a atenção” e por isso surgiu a ideia de “reativar a questão” de sua extradição. "É até embaraçoso ver como eles negam coisas a ele, como a Interpol negou todos os alertas vermelhos", disse ele.

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Ele também argumentou que o asilo concedido pela Bélgica foi "pura coincidência", mas que lhe dá maior segurança para se mudar para outros países da União Europeia.

“Vim para a Bélgica sem infração de trânsito, com 70% de apoio popular, as pessoas vieram se despedir de mim nas ruas. Mas quando meu sucessor nos trai (referindo-se a Lenin Moreno, que foi seu vice-presidente e sucessor) e eu começo a me opor a ele, os julgamentos começam a chover sobre mim... Tenho 48 ou 49 anos", enfatizou.

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Por outro lado, Correa considerou que para que a "perseguição e destruição brutais" termine em seu país, a esquerda deve ganhar as eleições e se, para isso acontecer, deve retornar ao Equador, assim o fará.

"Eles tentaram nos destruir, se perdêssemos o apoio popular, seria muito difícil reverter a situação, mas somos de longe a principal força política, temos um apoio popular gigantesco", disse.

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A Bélgica concedeu asilo político ao ex-chefe de Estado do Equador após o pedido de extradição iniciado pelo Tribunal Nacional de Justiça do Equador (CNJ) contra o ex-presidente, acusado de supostos atos de corrupção ocorridos entre 2012 e 2016, no que é conhecido como "Caso de Suborno".

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