Nicolás Maduro acusa Iván Duque de preparar ataques contra autoridades, refinarias e o sistema elétrico venezuelano
O presidente venezuelano disse ter as provas "em mãos"
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ARN - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou neste sábado o seu homólogo da Colômbia, Iván Duque, de querer "vingar-se" do seu governo e de planejar "ataques terroristas" contra as refinarias, o sistema eléctrico e funcionários venezuelanos.
"As refinarias estão sendo atacadas por inimigos infiltrados, inimigos ocultos, para prejudicar nossos complexos de refino, prejudicar nosso povo. Por trás disso está a direita, eu a denuncio, a direita selvagem, a direita vendida, por trás disso estão os planos de Iván Duque, que é louco, ferido, com ódio purulento contra a Venezuela", disse Maduro durante um ato transmitido pela televisão venezuelana.
O presidente venezuelano disse ter "na mão" as provas, embora não as tenha mostrado, de que Duque pretende executar seus planos contra autoridades venezuelanas.
"Na Colômbia, ele está saindo, se despedindo para sempre e indo para a lata de lixo da história de Iván Duque e continuando a ativar planos. Temos as informações em mãos de ataques terroristas contra o sistema elétrico venezuelano, ataques terroristas contra personalidades e líderes políticos e militares da Venezuela", disse ele.
Não é a primeira vez que o presidente venezuelano acusa seu colega colombiano. Em abril, ele assegurou que Duque planejava executar "planos" de infiltração de criminosos na fronteira compartilhados por ambas as nações com o objetivo de "atacar" a polícia e os militares de seu país.
Em fevereiro, ele o acusou de equipar e treinar membros de uma organização criminosa que foi desmantelada pelas forças policiais no estado de Aragua.
O último confronto entre os dois líderes ocorreu nesta sexta-feira, quando Duque afirmou que Maduro "não entrará em território colombiano" para a troca de comando de Gustavo Petro em 7 de agosto.
Embora o presidente eleito ainda não tenha confirmado a lista de convidados para sua posse, o atual presidente destacou que: "as posses dos presidentes estão sendo organizadas com o Itamaraty e a Casa Militar".
"Isso significa que enquanto eu for presidente da República, Nicolás Maduro não entrará em território colombiano", disse ele à Revista Semana. Ele também acrescentou que "se o próximo presidente quiser tê-lo aqui na Colômbia, ele poderá fazê-lo assim que for empossado como presidente".
As relações diretas entre os governos vizinhos estão suspensas há anos e as acusações se cruzam sistematicamente. Em fevereiro de 2019, Maduro anunciou a decisão de romper relações com a Colômbia, após declarações do presidente colombiano que o chamou de "ditador" em várias ocasiões.
Depois de vencer as eleições, Petro se comunicou com as autoridades do governo venezuelano com a intenção de restabelecer as relações diplomáticas e abrir as fronteiras entre os países vizinhos.
O governo venezuelano transmitiu ao Petro seu "mais firme desejo de trabalhar na construção de uma etapa renovada de relações abrangentes", segundo o Ministério das Relações Exteriores divulgou em comunicado.
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