América latina

Na Assembleia Geral, Maduro defende a necessidade de uma 'nova ONU'

Em discurso, o presidente da Venezuela falou em um mundo 'sem imperialismo' e 'dominação econômica', exigindo o fim das sanções unilaterais contra o país

(Foto: Reprodução/ @PresidencialVen)


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Opera Mundi - Em discurso na 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira (22/10), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, defendeu a necessidade de que a entidade internacional seja reformulada. 

Para ele, o mundo "precisa de uma nova ONU", para que todos possam "partilhar a solidariedade e o caminho justo e necessário de uma nova comunidade". 

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"São os nossos espaços que devem ser fortalecidos, é a soberania. Um novo mundo que renasce, para acabar com as hegemonias e a pretensão de alguns de se tornarem juízes de todos os tempos. Precisamos de uma nova ONU, para que todos possamos compartilhar a vida e a solidariedade, caminho justo de uma ordem necessária”, disse.

Maduro defendeu que uma nova configuração seja "multipolar", sem "colonialismo". Segundo o venezuelano, para isso, é preciso um mundo "sem imperialismo" e sem uma "hegemonia dominante". Este novo mundo, de acordo com o mandatário, deve ser “libertado da tentativa de dominação econômica, financeira, militar, política, ou daqueles que, durante séculos, saquearam e dominaram, exploraram e oprimiram os povos".

Ainda no discurso, o presidente da Venezuela exigiu o fim das sanções econômicas e unilaterais contra o país sul-americano. Maduro reiterou que há uma "campanha feroz" e "agressão permanente" contra a Venezuela, o que se evidencia pela imposição das medidas coercitivas e aos "direitos e garantias econômicas de que todos os povos do mundo devem desfrutar".

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"Hoje ratificamos nosso pedido, nossa exigência de que sejam levantadas todas as sanções penais contra a economia e a sociedade venezuelana pelos Estados Unidos e pelos governos da União Europeia", disse.

Nesse sentido, destacou que o atentado compromete diretamente "o direito de comprar" o que a Venezuela precisa e contra "o direito de vender" o que o país produz, como o petróleo.

"Em muitas ocasiões, apresentamos a denúncia à sede de várias agências e, hoje, a devolvemos à Assembleia Geral das Nações Unidas", disse ele. No entanto, Maduro destacou que apesar de todo este ataque, "o povo venezuelano se levantou", graças a "sua grande capacidade de resiliência" e "resistência".

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Diálogo no México

O presidente também falou sobre o processo de diálogo que está realizando com a oposição direitista venezuelana no México e que chegou a acordos parciais.

Esse processo de negociação, insistiu Maduro, foi estabelecido com os setores da oposição que "buscavam um golpe na Venezuela" e que "lideraram uma invasão estrangeira". Por isso, comemorou que nessas negociações conseguiram fazer com que os adversários "voltassem à política, à Constituição e à trajetória eleitoral", já que participarão das eleições regionais marcadas para novembro.

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"Peço o total apoio das Nações Unidas para que o processo de diálogo no México avance para novos acordos parciais e para um acordo global que fortaleça a paz, a soberania, a prosperidade e a recuperação integral da Venezuela", afirmou.

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