Ministro do Interior da Colômbia convoca reunião urgente com Rodolfo Hernández por supostas ameaças
"Vamos nos reunir com o candidato para ouvir sobre essas ameaças para iniciar os processos de investigação (...) e tomar medidas", explicou Daniel Palacios
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ARN - O ministro do Interior colombiano, Daniel Palacios, convocou nesta quinta-feira (9) uma reunião urgente com o candidato presidencial Rodolfo Hernández, após uma suposta ameaça de morte.
"Vamos nos reunir com o candidato (...) para ouvir sobre essas ameaças para iniciar os processos de investigação e obviamente tomar as medidas de segurança necessárias para essas ameaças", explicou em entrevista coletiva. Além disso, salientou que se reunirá com o diretor da Polícia Nacional, Jorge Luis Vargas, para ter mais informações sobre as ameaças e poder “tomar as medidas necessárias”.
Por fim, destacou que todos os candidatos presidenciais têm todas as garantias em termos de segurança: "Rodolfo Hernández tem seu esquema de proteção e o esquema de sua fórmula vice-presidencial foi reforçado e continuaremos trabalhando para garantir a segurança de todos os candidatos, ", concluiu.
“Minha vida está em risco”
O candidato presidencial da Liga dos Governadores Anticorrupção anunciou na quinta-feira que não participará de nenhum evento público antes do segundo turno, em 19 de junho, porque teme por sua segurança.
“Ontem foram divulgados alguns vídeos, onde (Gustavo) Petro e os políticos que o cercam mostram que são uma quadrilha criminosa que não tem limites. Neste momento tenho certeza de que minha vida está em risco. Está claro que podemos esperar qualquer coisa, mesmo a mais séria", disse ele em um comunicado à imprensa.
O empresário e candidato à presidência da Colômbia, argumentou por meio do Twitter que tomou essa medida por "segurança e para garantir a possibilidade de uma eleição democrática".
“Todos os colombianos têm a responsabilidade de não permitir que acabem com a democracia. É assim que começam e tememos o pior de como isso pode acabar", disse ele, referindo-se a uma série de vídeos publicados pela revista Semana com registros de reuniões virtuais e presenciais da equipe de campanha do Petro, em que militantes discutem a estratégia para o primeiro turno que aconteceu em 29 de maio, especialmente como enfrentar o candidato de direita Federico "Fico" Gutiérrez, que finalmente saiu em terceiro.
Em relação a esses vídeos, Hernández, que foi chamado de "Trump colombiano", disse que "estava evidente nesses vídeos que eles não têm limites, que estão dispostos a fazer qualquer coisa para chegar ao poder".
Por sua vez, Petro denunciou o governo do presidente Iván Duque por gravar e vazar esses vídeos: "Um Watergate que deve ser investigado por uma comissão independente", denunciou nas redes sociais.
Ambos os candidatos debateram suas dúvidas em relação à segurança antes das eleições. Além do que Hernández expressou, Petro pediu à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) garantias para sua segurança e a de sua companheira de chapa, Francia Márquez.
O candidato do Pacto Histórico de esquerda afirma ter recebido ameaças de morte do grupo criminoso "La Cordillera", "organização paramilitar dedicada ao tráfico de drogas e assassinos de aluguel".
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