Líderes do Mercosul não adotam declaração conjunta da cúpula
Todos os países, exceto o Uruguai, assinaram o documento final
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(Sputnik) - Os líderes do bloco comercial regional sul-americano Mercosul não conseguiram adotar uma declaração conjunta ao final de sua última cúpula, já que o documento não foi assinado pelo presidente uruguaio Luis Lacalle Pou.
A cúpula de alto nível do Mercosul, que une Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil, foi realizada de 3 a 4 de julho na cidade argentina de Puerto Iguazú. Todos os países, exceto o Uruguai, assinaram o documento final nesta terça-feira (4).
"Os presidentes concordaram em trabalhar para fortalecer a coesão interna do bloco, onde ainda existem diversas dificuldades de comércio e integração, aprofundar sua integração comercial internacional...", diz a declaração conjunta, publicada pela chancelaria argentina.
Por sua vez, o Itamaraty uruguaio emitiu uma declaração separada após a cúpula sobre a necessidade de modernizar o bloco e criar mecanismos para enfrentar os desafios de um cenário mundial em mudança.
O Uruguai tem repetidamente criticado as limitações do Mercosul e seu lento ritmo de desenvolvimento. Em novembro passado, Argentina, Brasil e Paraguai alertaram o Uruguai sobre a possibilidade de impor medidas de salvaguarda em relação ao pedido do país de ingressar na Parceria Transpacífico. Além disso, os membros do Mercosul ficaram insatisfeitos com a tentativa do Uruguai de enfraquecer os requisitos do bloco para negociar unilateralmente acordos de livre comércio com outros países, incluindo a China. O presidente uruguaio disse que o país está pronto para continuar trabalhando no Mercosul, mas não quer ficar parado e "quem ficar parado ficará para trás".
Como uma associação de pleno direito, o Mercosul foi criado em 1991, quando um tratado estabelecendo uma união aduaneira e um mercado comum foi assinado na capital paraguaia de Assunção. O Mercosul reúne 250 milhões de pessoas e mais de 75% do PIB total do continente.
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