América latina

Lasso anuncia que não disputará as próximas eleições no Equador, que ele mesmo convocou

País enfrenta profunda crise política, com a dissolução também do parlamento

Guillermo Lasso, presidente eleito do Equador
Guillermo Lasso, presidente eleito do Equador (Foto: REUTERS/Maria Fernanda Landin)


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247 – Guillermo Lasso, presidente do Equador, anunciou que não participará das futuras eleições convocadas por ele mesmo após dissolver a Assembleia a fim de evitar um impeachment. Em entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post na sexta-feira (19), Lasso declarou que seu objetivo principal era encontrar uma solução para a crise política, descrevendo sua ação como um gesto de generosidade em prol do país, visando encurtar seu próprio mandato presidencial e alcançar os interesses comuns dos equatorianos.

Na quarta-feira passada (17), Lasso fez uso do mecanismo constitucional conhecido como "morte cruzada", que envolve a dissolução do parlamento, atualmente controlado pela oposição, e a convocação de novas eleições. O presidente estava enfrentando o risco de ser afastado do cargo devido a acusações de desvio de recursos. Embora essa medida esteja prevista na Constituição do país, ela nunca havia sido aplicada anteriormente. Essa ação permite que o presidente governe por meio de decretos até que as novas eleições sejam realizadas, dentro de um prazo máximo de três meses. No entanto, de acordo com analistas, devido aos procedimentos eleitorais, é possível que a posse do novo presidente demore até oito meses.

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O dispositivo constitucional pode ser ativado em três circunstâncias: quando o Legislativo assume funções que não lhe são atribuídas, quando obstrui o governo "de forma repetida e injustificada" ou em meio a uma grave crise política e agitação interna. Lasso mencionou a última razão em seu decreto.

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