América latina

Kirchner diz que renúncia de ministro da Economia em meio a crise foi ato de 'desestabilização'

A demissão de Guzmán veio depois de uma semana difícil para a economia argentina, na qual o dólar atingiu recordes de alta e os caminhoneiros se mobilizaram

(Foto: Divulgação)


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ARN - "O mundo como ele é, o país como ele é, o dólar como ele é; fazer o presidente tomar conhecimento de uma renúncia via Twitter, nada mais que o Ministro da Economia, não me parece correto", disse a ex-presidente durante a inauguração do Cine Teatro Municipal em El Calafate, Santa Cruz, e acrescentou que ela considera isso um gesto de "imensa ingratidão pessoal" para com o presidente do país, Alberto Fernández.

Nesta linha, Kirchner disse que não nega nem esconde quaisquer diferenças que possa ter com o presidente em termos de políticas ou funcionários, embora tenha afirmado que o presidente "tinha apoiado aquele ministro da Economia como ninguém, mesmo confrontando suas próprias forças na coalizão, será que ele realmente merecia isso?”

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A demissão

A demissão de Guzmán veio depois de uma semana difícil para a economia argentina, na qual o dólar atingiu recordes de alta e os caminhoneiros se mobilizaram por falta de diesel e pela demanda de uma atualização nas tarifas de transporte de grãos.

O mandato do ex-ministro foi marcado por negociações com o FMI numa tentativa de equilibrar as contas públicas do país até 2024.

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"Com a profunda convicção e confiança em minha visão do caminho que a Argentina deve seguir, continuarei trabalhando e agindo por um país mais justo, livre e soberano", Guzmán postou em sua conta no Twitter, onde ele anexou sua carta de demissão.

"Tem sido uma verdadeira honra acompanhá-lo na tarefa de colocar nosso país de pé. Juntos, tomamos medidas para colocar a economia de nosso país de novo em pé e crescer. Chegou a hora de quem quer que você escolha tomar as rédeas do Ministério que eu tive a honra de liderar até hoje", escreveu Guzmán.

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E ele continuou: "A partir da experiência que vivi, acredito que será essencial que eu trabalhe em um acordo político dentro da coalizão governamental para que quem me substituir, que terá essa alta responsabilidade, tenha a gestão centralizada dos instrumentos de política macroeconômica necessários para consolidar o progresso descrito acima e enfrentar os desafios que se avizinham".

Novo Ministro

A nova Ministra da Economia da Argentina, Silvina Batakis, tomou posse na segunda-feira na Casa Rosada e garantiu que sua administração estará comprometida com um país com mais exportações e uma moeda reavaliada.

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Ela disse: "Que a Argentina deveria ter mais exportações e revalorizar nossa moeda, e isso é conseguido através da obtenção de mais reservas. Não é apenas para fortalecer a moeda local, mas também para gerar mais empregos em todo o país", explicou ele.

Além disso, ele considerou que é hora de ter uma abordagem "verdadeiramente federal", que deve incluir todos os cantos do país, e para isso "a enorme quantidade de recursos" que a Argentina tem que ser liberada e colocada "à disposição deste caminho de crescimento".

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"Estes eixos têm a ver com a solvência do Estado argentino, com este programa econômico que vamos continuar". Acredito no equilíbrio fiscal e temos que avançar nesta direção e na liberação de todas as forças produtivas de nosso país para conseguir empregos genuínos e mais exportações, acredito que este é o caminho e a tarefa que o presidente me confiou", ele enfatizou.

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