América latina

Gustavo Petro aceita bronca da Suprema Corte após contestar procurador-geral

Presidente colombiano alertou que não "ficará calado" sobre as denúncias que apresentou

Presidente da Colômbia, Gustavo Petro
Presidente da Colômbia, Gustavo Petro (Foto: REUTERS/Nathalia Angarita)


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247 - O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, respondeu à polémica que surgiu depois de afirmar que é o chefe do procurador-geral da República, Francisco Barbosa. 

Em comunicado divulgado no sábado (6), o chefe de Estado declarou que "aceita" a resposta da Suprema Corte, e reconheceu a independência da PGR. No entanto, alertou que não "ficará calado" sobre as denúncias que apresentou.

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"Aceito o apelo do nobre Supremo Tribunal de Justiça. Respeito e respeitarei a autonomia e independência da Procuradoria-Geral da Nação e de todos os poderes públicos. Mas como Presidente da República não me calarei face a estas gravíssimas denúncias”, diz o comunicado de Petro.

Na última sexta-feira (5), a Suprema Corte acusou Petro de gerar instabilidade institucional e de interpretar mal a Constituição após a afirmação de que ele é o chefe do PGR. 

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"Petro desconsidera a autonomia e a independência judicial, uma cláusula fundamental da democracia colombiana", disse a Suprema Corte de Justiça em um comunicado.

As denúncias referem-se a publicações na imprensa relativas ao homicídio de 200 pessoas pelo Clã del Golfo, o maior cartel de drogas do país. Na última segunda-feira (1º), o site La Nueva Prensa informou que o Ministério Público teria encerrado as apurações. Petro, então, pediu explicações no Twitter e afirmou que Barbosa está sob seu comando.

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“Graves danos são causados ​​pelo procurador-geral ao próprio Ministério Público ao se calar diante dessas denúncias, que se verdadeiras implicariam nada mais nada menos que a cumplicidade de seu procurador-delegado Daniel Hernández, do círculo mais próximo de ambos Néstor Humberto Martínez e de Francisco Barbosa, no assassinato por omissão de mais de 200 pessoas, entre crianças e membros da Força Pública", acrescentou o comunicado. 

Barbosa, por sua vez, disse que tirou parentes da Colômbia por medo de que fossem assassinados e rebateu: "Se o presidente fosse o chefe do procurador-geral da nação, ele seria basicamente o chefe de todos os tribunais, juízes e promotores da Colômbia... Petro muda seu terno de democrata e começa a vestir o terno de um ditador". 

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Petro reuniu-se este sábado com o primeiro-ministro português, o socialista António Costa, e será recebido no dia 7 de maio pelo Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, antes de concluir a sua visita de trabalho de dois dias a Lisboa. (Com DW e AFP). 

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