América latina

Guatemala: Partido de Arévalo é desqualificado mas não há definição sobre sua candidatura

O TSE confirmou a realização do segundo turno e somente na noite de quarta-feira oficializou os resultados das eleições de 25 de junho, com Sandra Torres e Bernardo Arévalo

Bernardo Arévalo
Bernardo Arévalo (Foto: Reuters)


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Télam - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da Guatemala ratificou nesta quarta-feira (12) que haverá uma votação presidencial em 20 de agosto entre Sandra Torres e Bernardo Arévalo, embora a participação deste último tenha sido questionada pela ordem de um tribunal criminal para suspender o status legal de seu partido.

O TSE confirmou a realização do segundo turno e somente na noite de quarta-feira oficializou os resultados das eleições de 25 de junho, com Torres e Arévalo em primeiro e segundo lugar, respectivamente, para a corrida presidencial.

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Os desembargadores do TSE ratificaram o resultado do primeiro turno nesta noite, em entrevista coletiva e em meio à tensão gerada pelo atraso, manifestada por diversos manifestantes do lado de fora e por Arévalo em várias declarações.

Da mesma forma, os magistrados disseram desconhecer os termos da decisão que foi conhecida pouco antes sobre a situação jurídica do Movimento Semente, partido de Arévalo. O Ministério Público (MP) esclareceu que o TSE tem um prazo legal de 24 horas para executar isso.

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Nesse contexto, nem os desembargadores do TSE nem os representantes do MP afirmaram de forma conclusiva se Arévalo poderá participar do segundo turno com a situação jurídica de seu partido suspensa.

"O TSE continua com as atividades correspondentes à preparação da logística do segundo turno eleitoral, a ser realizado no dia 20 de agosto, conforme definido no Decreto de Convocação do TSE nº 1-2023", divulgou o órgão em suas redes sociais.

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O tribunal deveria dar o resultado final das eleições de 25 de junho na tarde de quarta, mas limitou-se a divulgar essa declaração. "Estamos fazendo o possível para continuar garantindo a custódia do voto; continue confiando na autoridade eleitoral", acrescentou o TSE, citando sua chefe, Irma Palencia.

O tribunal ainda estava discutindo as impugnações apresentadas pelos procuradores das partes que ficaram de fora do segundo turno. Essa posição do TSE coincidiu com o vazamento na mídia guatemalteca de um pedido do Ministério Público por documentação relacionada ao Movimento Semilla, a formação de Arévalo.

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A última foi revelada na noite de quarta, quando a Procuradoria Especial Contra a Impunidade (FECI) do MP informou que, a seu pedido, a 7ª Vara Criminal determinou a suspensão da legalidade do Movimento Semilla.

A resolução deveu-se a "um novo caso de corrupção e impunidade, denominado Seed Corruption", explicou o chefe da FECI, Rafael Curruchiche, em um vídeo publicado nas redes sociais, segundo os jornais guatemaltecos Prensa Libre e Soy 502.

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O responsável explicou que tudo teve origem em maio de 2022, quando "um cidadão denunciou ter aderido ilegalmente ao Movimento Semilla" e verificou-se que "a assinatura e a caligrafia eram falsificadas".

Curruchiche acrescentou que "há indícios de que possivelmente mais de 5.000 cidadãos se filiaram ilegalmente ao Movimento Semilla, falsificando sua caligrafia e assinatura" e que foi estabelecido que pelo menos "12 pessoas falecidas" estavam filiadas a esse grupo.

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Após a divulgação dessa decisão, centenas de pessoas se reuniram em frente à sede do TSE para exigir a oficialização do resultado do primeiro turno, enquanto os magistrados do tribunal deliberavam e adiavam a realização da coletiva de imprensa anunciada.

Ao mesmo tempo, Arévalo se manifestou no Twitter: "O TSE deve oficializar o resultado das eleições de 25 de junho. A democracia da Guatemala não pode continuar a deteriorar-se. O povo guatemalteco foi claro". 

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Em uma entrevista anterior à Federação Guatemalteca de Rádio Escolas, Arévalo afirmou que as autoridades eleitorais demoraram a oficializar os resultados porque não queriam que Semilla iniciasse sua campanha.

Torres, candidata à Unidade Nacional de Esperança (UNE), na verdade, iniciou sua atividade de proselitismo em agosto. Vários partidos alegaram irregularidades e o Tribunal Constitucional impediu que o TSE oficializasse os resultados até que uma comparação dos registros eleitorais fosse feita, processo que foi concluído e revelou apenas pequenas alterações no número de votos de cada força.

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