Grupo Puebla expressa "profunda preocupação com o clima eleitoral" na Colômbia e pede para participar como observador
O grupo denunciou "a interferência pública sistemática" na campanha do presidente Iván Duque
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Agência Regional de Notícias - O Grupo Puebla expressou "profunda preocupação" com o clima eleitoral na Colômbia antes do primeiro turno presidencial e pediu que "as autoridades correspondentes" participem como observadores durante o dia das eleições em 29 de maio.
Por meio do Conselho Latino-Americano de Justiça e Democracia (CLAJUD), eles expressaram que o cenário colombiano "prejudica as legítimas aspirações e direitos dos setores progressistas que estão em campanha e gera incerteza sobre a transparência e a força das instituições colombianas nas próximas eleições".
Em particular, destacaram em comunicado a suspensão da Lei de Garantias "que impedia o uso de compras públicas em épocas eleitorais" e que acusam o governo do presidente Iván Duque de ser "em benefício de grupos afins".
Na mesma linha, o grupo denunciou "a interferência pública sistemática" de Duque, a quem acusa de "contradizer ou desqualificar as declarações do candidato da oposição, Gustavo Petro".
"Entendemos que a intervenção na política e muito mais nas campanhas políticas é proibida para funcionários públicos por disposição expressa do artigo 127 da Constituição Nacional", indica o documento assinado por 30 membros do grupo, incluindo o ex-presidente colombiano Ernesto Samper.
Por último, manifestaram preocupação com "a nomeação de advogados que atuem contra as disposições da Convenção Americana sobre Direitos Humanos" e com as denúncias de fraude por parte de grupos próximos ao partido no poder "quando é precisamente o governo que, tendo uma participação pessoal e direta, relacionamento com todos os organismos de controle, poderiam evitar eleições fraudulentas”.
Denúncias de fraude
No domingo, 13, foram realizadas eleições legislativas e três eleições internas do partido na Colômbia antes das eleições presidenciais. No dia seguinte à eleição, o candidato do Pacto Histórico de esquerda, Gustavo Petro, afirmou que houve uma tentativa "gigantesca e sistemática" de "ocultar" votos de seu bloco e denunciou assembleias de voto onde houve problemas na contagem dos votos nas eleições internas.
Seguindo a reivindicação do líder de esquerda, o Cadastro Nacional anunciou avanços nos resultados que deram 390 mil votos adicionais ao Pacto Histórico e provocaram respostas duras de setores próximos ao governo e ao uribismo.
O ex-presidente Álvaro Uribe afirmou que "essas eleições deixam toda desconfiança" e apontou denúncias de emendas e irregularidades nas assinaturas. “Somado às inconsistências está a esmagadora votação pelo petrismo nas zonas de narcotráfico. Esse resultado não pode ser aceito", destacou Uribe no Twitter.
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