Grande país produtor de lítio vai nacionalizar reservas
A medida surge como um novo desafio para os fabricantes globais de VEs

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RT - O presidente chileno, Gabriel Boric, anunciou que a vasta indústria de lítio do país será colocada sob controle governamental na tentativa de impulsionar a economia e proteger o meio ambiente. Contratos futuros de lítio serão emitidos apenas como parcerias público-privadas com controle estatal, explicou Boric na semana passada, observando que o governo não rescindiria contratos existentes, mas que as empresas deveriam estar abertas à participação do estado antes do término de seus contratos.
"Esta é a melhor chance que temos de fazer a transição para uma economia sustentável e desenvolvida. Não podemos nos dar ao luxo de desperdiçá-la", disse o líder chileno durante um discurso televisivo para a nação.
O Chile detém as maiores reservas de lítio do mundo e é o segundo maior produtor mundial do metal. As baterias de íons de lítio são vitais para a maioria dos produtos eletrônicos de consumo e veículos elétricos (VEs). Além disso, o lítio é considerado um "pilar para a economia livre de combustíveis fósseis" pelas Nações Unidas, visto como o principal meio de armazenar energia nas redes de energia limpa do futuro.
A medida do governo chileno surge como um novo desafio para os fabricantes globais de VEs, que têm lutado para garantir materiais de bateria diante das tentativas dos países de proteger seus recursos naturais.
Nos países do Triângulo do Lítio - Chile, Argentina e Bolívia - os governos também têm buscado uma maior participação do setor público na mineração do metal, com planos para desenvolver seu próprio setor de baterias de lítio.
Em outras partes do mundo, o México nacionalizou seus depósitos de lítio no ano passado, e a Indonésia proibiu as exportações de minério de níquel, que também é um material de bateria chave.
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