Governo Lasso reprime manifestações populares no Equador
Os protestos de 26 de outubro são os maiores desde que Guillermo Lasso assumiu o poder em maio
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TeleSur - Os primeiros confrontos entre policiais e cidadãos que saíram para se manifestar nesta terça-feira, 26 de outubro, foram registrados em pelo menos três partes do país, no âmbito da Greve Nacional convocada para protestar contra o governo de Guillermo Lasso.
Em Imbabura, no cantão de Peguche, a repressão foi denunciada por quem seriam membros da força pública, que lançaram gás lacrimogêneo para dispersar os cidadãos que se concentravam neste setor.
O fato foi registrado em vídeos que circulam nas redes sociais e, diante do ocorrido, a Aliança de Organizações pelos Direitos Humanos denunciou a atuação de elementos das Forças Armadas.
Organizações sociais e indígenas, sindicatos de trabalhadores e sindicatos no Equador começaram na madrugada desta terça-feira um novo dia de protestos contra as políticas econômicas do presidente Guillermo Lasso.
As manifestações foram convocadas pela Frente Unitária dos Trabalhadores (FUT), Frente Popular (FP) e pela Confederação das Nacionalidades Indígenas (Conaie).
Organizações como a Federação de Estudantes Universitários do Equador e a Confederação Nacional de Organizações Camponesas, Negras e Indígenas, entre outras, aderiram à convocação.
Segundo as organizações convocadoras, o dia de protestos exige políticas econômicas e sociais justas, tanto para os trabalhadores quanto para os setores de baixa renda.
Entre as reivindicações estão o congelamento do preço do combustível e o apoio ao projeto do Código do Trabalho recentemente apresentado ao Legislativo pela FUT e a rejeição da proposta de Lei de Criação de Oportunidades.
Diante da rejeição ao aumento do custo dos combustíveis, na última sexta-feira, Lasso congelou os novos preços e suspendeu os reajustes mensais, porém, não conseguiu reduzir o descontentamento popular.
Os protestos de 26 de outubro são os maiores desde que Guillermo Lasso assumiu o poder em maio e aconteceram sob o estado de exceção de 60 dias decretado há uma semana.
Enquanto isso, o porta-voz da Presidência da República, Carlos Jijón, anunciou que há 18 detidos por interromperem as comunicações com o fechamento de estradas. Ele indicou que respeita os protestos, mas respeita as pessoas que querem trabalhar.
“Os cidadãos foram presos em flagrante delito. O Governo procedeu à captura do povo naquela altura, mas os juízes decidem a culpa desse povo”, disse o responsável.
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