América latina

Governo e organizações indígenas do Equador definem roteiro de diálogo para os próximos 90 dias

Dez mesas técnicas foram estabelecidas. As reuniões começarão em 13 de julho e serão realizadas a cada 10 dias nas instalações da Conferência Episcopal Equatoriana

(Foto: Conaie/Divulgação)


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ARN - O governo de Guillermo Lasso e as organizações indígenas do Equador definiram nesta quinta-feira (7) o roteiro de diálogo que dará continuidade aos acordos alcançados após 18 dias de greve e a resolução daqueles que estão pendentes pelos próximos 90 dias.

"Hoje sob a convocação da Conferência Episcopal Equatoriana, assumimos a responsabilidade e aprovamos a metodologia e o funcionamento do roteiro", disse em entrevista coletiva o líder da organização Mapuche Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), Leonidas Iza.

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"Queremos comprometer a partir de agora, a possibilidade de consolidar a unidade dos diferentes setores populares do Equador, por isso convidamos os camaradas que participaram durante a luta", disse.

Por outro lado, acrescentou que "não quer que este processo de diálogo termine em mesas técnicas", mas sim em mesas "temáticas" que deem respostas concretas pelas quais as pessoas "saíram à luta". Na mesma linha, reconheceu que tudo o que se conseguiu foi graças à luta.

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Entre outras coisas, destacou a necessidade de que a sociedade "aprenda a conviver com as diferenças", já que no Equador existem "indígenas, negros, brancos e mestiços".

"Temos que parar e fazer esforços para que o ódio e o racismo que se manifestaram de forma pragmática nos dias de mobilização não se aprofundem", disse.

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Enquanto isso, o ministro de Governo, Francisco Jiménez, detalhou à imprensa, após a reunião, que foram estabelecidas dez mesas técnicas. Os trabalhos começarão em 13 de julho e serão realizadas reuniões a cada 10 dias nas instalações da Conferência Episcopal Equatoriana.

Da mesma forma, assegurou que respeita as organizações sociais, bem como os seus dirigentes e o quadro constitucional que as rege. Na mesma linha, reconheceu que esta instância “é um espaço para mudar as coisas”.

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"A história dessas mesas de diálogo será escrita nesse desejo de mudança", enfatizou.

Conforme compartilhado pelo ministério do governo equatoriano no Twitter, os tópicos das mesas técnicas serão: direcionamento de subsídios, bancos públicos e privados, desenvolvimento produtivo, emprego e direitos trabalhistas, energia e recursos naturais, direitos coletivos e educação superior, proteção a investimentos, controle de preços, acesso à saúde e segurança.

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Pontos já acordados

Após o fim da greve, o governo e as organizações indígenas chegaram a um acordo para trabalhar na agenda nacional de luta; uma proposta com dez itens sobre questões e direitos econômicos, apresentada em 13 de junho pela organização indígena.

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Dos dez pontos, cinco temas foram discutidos: preço do combustível, emprego, mineração, direitos e saúde.

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