Governo do Chile muda a sua posição e amplia o processo contra líder mapuche
A decisão reativa a investigação contra Héctor Llaitul, que tinha apelado à "organização da resistência armada" contra o governo
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ARN - A ministra do Interior do Chile, Izkia Siches, anunciou nesta quarta-feira que o governo irá alargar o processo contra Héctor Llaitul, o líder do Comitê Coordenador da Arauco Malleco, que apelou à "organização da resistência armada" em maio, quando o governo se preparava para reativar o estado de emergência no sul do país.
"Analisamos em profundidade as declarações, que na nossa opinião constituem crimes", disse Siches. "Desde 2019 já existem queixas diferentes por parte do Estado que permitem ao Ministério Público atuar contra o julgamento de fatos que ameaçam todos os cidadãos", disse ele.
Para a chefe do Ministério do Interior, "há queixas e processos judiciais que estão em vigor e que são reiterados em relação a factos diferentes". Siches informou que o Supremo Tribunal estipulou que neste caso existem fatos que constituem um crime que o governo espera que o Ministério Público possa investigar.
A ministra explicou que considerou o que o procurador nacional, Jorge Abbott, tinha dito sobre o fato de que, para investigar ao abrigo da Lei de Segurança do Estado, é necessária uma queixa do governo. "Optamos por alargar a nossa queixa, bem como por solicitar ativamente ações de investigação ao Ministério Público", disse ele.
O alargamento da queixa permite a reativação da investigação contra Llaitul, que já está em curso. "Do nosso ponto de vista, permite e habilita o Ministério Público a agir e, neste caso particular, também a solicitar uma série de diligências que levem em conta as recentes declarações", disse Siches.
Em maio deste ano, Llaitul apelou à "resistência armada" após medidas propostas pelo governo para o sul do país.
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