Governo chileno anuncia aumento do salário mínimo e medidas para conter inflação
O aumento foi acordado com a Central Unitária de Trabalhadores do Chile
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
ARN - O governo chileno anunciou nesta segunda-feira (25) um aumento do salário mínimo nacional e uma série de medidas para "amortecer" a inflação, após uma reunião entre as autoridades e representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
O ministro da Fazenda chileno, Mario Marcel, anunciou que um reajuste da renda mínima mensal de 50.000 pesos (cerca de 59 dólares) será proposto ao Congresso para trabalhadores na faixa de 18 a 65 anos.
Desta forma, a renda mínima mensal será de 380.000 pesos (cerca de 450 dólares) a partir de 1º de maio, enquanto, a partir de 1º de agosto, subirá para 400.000 pesos (cerca de 472 dólares).
“Caso a inflação acumulada em 12 meses até dezembro de 2022 ultrapasse 7% da renda mensal, aumentará para 410.000 pesos (cerca de 483 dólares) a partir de janeiro de 2023. Junto com esses reajustes da renda mínima, também nas mesmas proporções e datas, será reajustado o rendimento mínimo dos trabalhadores com menos de 18 e mais de 65 anos", salientou e esclareceu que o subsídio unifamiliar e o abono de família também terão esta proporção de aumento.
Além disso, sustentou que, no caso das micro e pequenas empresas, o Estado lhes concederá "uma compensação transitória" para amortecer o aumento real da renda mínima mensal.
Enquanto isso, Marcel destacou que será criado um observatório do valor da cesta básica para o público com o objetivo de proteger esses produtos contra um aumento inflacionário.
Sobre o encontro com a CUT, o ministro destacou que é motivo de "particular satisfação" poder chegar a um acordo em sua primeira negociação formal com os trabalhadores e a "materialização de parte importante da agenda" do presidente Gabriel programa Boric.
A ministra do Trabalho e Previdência Social, Jeannette Jara, também participou do encontro, e agradeceu à CUT "a disposição" de buscar um bom ponto de acordo para "os mais de 800 mil trabalhadores" que ganham o salário mínimo.
Por sua vez, o presidente da CUT, David Acuña, disse que este é "um grande avanço" na proteção dos direitos dos trabalhadores.
“Começamos a construir um verdadeiro diálogo, saudamos esta instância e esperamos continuar avançando, temos uma voz forte, somos uma contrapartida que nos permite avançar”, concluiu.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247