América latina

Governo argentino prepara medidas para restringir importações diante de escassez de moeda estrangeira

As medidas foram pensadas depois de números mostrarem que a balança comercial de julho da terceira maior economia da América Latina registrou déficit pelo segundo mês consecutivo

O novo ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa
O novo ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa (Foto: Reuters / Matias Baglietto)


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BUENOS AIRES (Reuters) - O governo da Argentina vai lançar nos próximos dias três medidas que visam restringir a quantidade de importações e cuidar das escassas reservas do banco central do país, disse uma fonte oficial à Reuters.

As medidas foram pensadas depois de dados mostrarem na segunda-feira que a balança comercial de julho da terceira maior economia da América Latina registrou déficit pelo segundo mês consecutivo.

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"É necessária uma triangulação mais fluida entre a AFIP (entidade arrecadadora de impostos), Alfândega e Comércio, com medidas destinadas a ordenar as importações, cuidar dos dólares do BCRA (banco central argentino) e evitar abusos", disse a fonte, que pediu para não ser identificada.

Em primeiro lugar, será reduzido o prazo para quem importa insumos sem pagar impostos para depois exportar um bem. Essa redução é de 360 ​​dias para 120 dias com o objetivo de acelerar as exportações.

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Por outro lado, as empresas que importam serviços como softwares ou consultorias devem entrar em regime de declaração antecipada. No primeiro semestre, a Argentina importou cerca de 5 bilhões de dólares em serviços.

O governo também vai incorporar 34 bens, como máquinas caça-níqueis, iates, aviões de luxo e máquinas de mineração de criptomoedas, no esquema de licenciamento não automático, que requer autorização prévia.

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A diferença de 115% entre a taxa de câmbio oficial, utilizada no comércio exterior, e as taxas de câmbio em mercados alternativos estimula importadores a aumentar suas compras do exterior, enquanto exportadores atrasam a liquidação de suas vendas à espera de uma nova queda o peso.

(Por Eliana Raszewski e Jorge Otaola)

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