América latina

Fazenda confirma busca por uso de moedas locais no comércio regional

Secretária Tatiana Rosito deu declarações à imprensa ao final da reunião de ministros da Economia e presidentes dos Bancos Centrais do Mercosul, na Argentina

Secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito
Secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito (Foto: Washington Costa/Ascom/MF)


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Télam - A secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda do Brasil, Tatiana Rosito, garantiu nesta segunda-feira (3) que os países do Mercosul vão buscar promover o uso de moedas locais no comércio entre os países do bloco. Da mesma forma, pensando mais no longo prazo, Rosito reafirmou a ideia de construir uma moeda comum na região.

A autoridade deu declarações à imprensa na tarde de segunda, ao final da reunião de ministros da Economia e presidentes dos Bancos Centrais do Mercosul, realizada na cidade de Puerto Iguazú. O encontro foi presidido pelo ministro da Economia e candidato presidencial, Sergio Massa, e ocorreu no âmbito da Reunião Ordinária do Conselho do Mercado Comum do Mercosul. Na ocasião, Rosito afirmou que "vamos abordar melhorias no Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML) como forma de incentivar sua utilização no comércio entre países. No curto prazo, o que podemos esperar é uma agenda de melhorias operacionais no SML, que hoje está bem abaixo do seu potencial."

O SML permite que as operações comerciais bilaterais sejam realizadas na moeda local de cada país, o que reduz os custos de transação, facilita o câmbio e reduz a necessidade de dólares (moeda de referência mundial no comércio exterior). Para integrar o SML é necessário assinar um Acordo e Regulamento de Funcionamento entre dois bancos centrais. Atualmente, existem três convênios firmados pelo BCRA: com o Banco Central do Brasil, com o Banco Central do Uruguai e com o Banco Central do Paraguai.

Sobre a possibilidade de dar um passo adiante e estabelecer uma moeda comum do Mercosul, a dirigente brasileira afirmou que "estamos buscando um espaço maior para reagir às dificuldades e pensar em uma moeda comum no longo prazo seria um processo natural. Se você quer fortalecer as relações com os parceiros, por que não usá-la?".

No mesmo sentido, o ministro Massa destacou ao final do encontro que "para nós, o uso de moedas locais, em momentos de crise como o que a Argentina vive devido à pior seca de sua história, alivia a pressão sobre o uso de reservas e sobre a questão cambial". O candidato da Unión por la Patria acrescentou que “o uso de moedas locais evita que sejamos reféns de choques externos e nos dá maior capacidade de desenvolvimento econômico na região”.

A abertura oficial do encontro regional foi presidida esta manhã pelo chanceler Santiago Cafiero. Nesse contexto, Cafiero reafirmou o compromisso da Argentina de "diversificar" a agenda externa do Mercosul e pediu a revisão do acordo com a União Europeia (UE) sem "discursos ideologizados". Nesta terça-feira (4), a partir das 10h30, terá início a sessão plenária dos Chefes de Estado do Mercosul, Bolívia, Estados Associados e convidados especiais, que será presidida pelo Presidente Alberto Fernández junto com seus pares regionais.

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