Estudantes chilenos exigem melhorias na educação
Confrontos com as forças de segurança e a tropa de choque eclodiram durante a mobilização
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ARN - Centenas de estudantes chilenos do ensino médio se manifestaram terça-feira (6), em torno do Palácio de la Moneda para exigir melhorias na educação pública, bolsas de estudo e acesso à universidade, enquanto o presidente Gabriel Boric se preparava para anunciar mudanças no gabinete.
A mídia local indica que a mobilização gerou confrontos com as forças de segurança e a tropa de choque, que usaram gás lacrimogêneo e caminhões com mangueiras de água pressurizada para reprimir alguns jovens que atiravam pedras nas autoridades.
As manifestações estudantis são recorrentes no país. Em abril, o presidente falou sobre isso após uma mobilização estudantil que deixou um ônibus em chamas em protesto pela falta de professores, más condições de construção e encerramento antecipado das sessões educativas.
"Viemos das lutas estudantis e não nos esquecemos disso, seria uma grande bobagem esquecer de onde viemos, e quando alcançamos os melhores resultados, foi quando o diálogo prevaleceu para realizar esses objetivos", Boric apontou. Na mesma linha, ele sugeriu que a violência "não é o caminho" e que "quem acredita que através da violência pode avançar suas demandas está enganado", disse o presidente na época.
A mobilização faz parte do triunfo da opção Rejeição da nova constituição (com 61,86%) que foi votada neste domingo. Como consequência, o presidente fez mudanças nos principais cargos do gabinete nesta terça-feira e em seu espaço de maior confiança, o Comitê Político.
As mudanças incluem o Ministério do Interior, cargo de grande importância no Chile, também chamado de chefe de gabinete porque é o responsável pela coordenação política com as outras pastas e porque seu chefe é o primeiro na linha de sucessão presidencial, e o Secretário da Presidência, responsável pelas relações do governo com o Congresso. Em princípio também haveria mudanças na Subsecretaria do Interior, mas Boric recuou devido às críticas da oposição.
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