América latina

Espanha busca aceitação frente ao governo Maduro, diz analista

Madri decidiu retomar suas relações com a Venezuela dois anos após reconhecer o chamado 'governo interino' de Juan Guaidó

Pedro Sánchez e Nicolás Maduro
Pedro Sánchez e Nicolás Maduro (Foto: Reuters)


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247 - A Espanha decidiu normalizar suas relações com a Venezuela, reconhecendo o presidente Nicolás Maduro e deixando de lado o chamado 'governo interino' da oposição de direita, à medida que a crise energética se intensifica na Europa. 

O diplomata Ramón Santos Martínez entregou na última terça-feira (24) suas credenciais diplomáticas ao mandatário venezuelano, Nicolás Maduro, e formalizou sua posse como novo embaixador do país europeu.

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Madri ficou durante dois anos sem um representante diplomático de alto escalão, mantendo suas atividades consulares apenas com um encarregado de negócios.

O ato encerrou um período de mais de dois anos em que Madri ficou sem um representante diplomático de alto escalão na Venezuela, mantendo suas atividades consulares apenas com um encarregado de negócios.

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EUA e Reino Unido decidiram manter o apoio à Assembleia Nacional paralela controlada pela oposição e seguir sem reconhecer Maduro.

Ao Brasil de Fato, o cientista político venezuelano William Serafino explica que a postura espanhola responde "à nova realidade política da Venezuela", na qual Guaidó e seus aliados estão cada vez mais enfraquecidos e isolados.

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"A Espanha não quer ficar para trás diante desse novo quadro político, ou seja, evidentemente a realidade está trazendo eles de volta à Terra, então se viram obrigados a reconhecer Maduro. Além disso, diferente de outros países, como por exemplo Reino Unido e Estados Unidos, parece que a Espanha está buscando uma forma de interlocução, uma forma de aceitação frente ao governo com um ato propositivo e não de confrontação", diz.

Serafino ainda destaca a maneira com a qual o governo espanhol voltou a reconhecer Maduro, sem um anúncio formal ou, ao menos, uma declaração de revisão da política externa.

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"Essa decisão acontece como se fosse algo protocolar, administrativo, burocrático, porque é uma forma de reduzir os custos políticos de um giro dessa característica. Ou seja, eles desconheceram um presidente legítimo, se juntaram a uma campanha de sanções e cooperaram para o cumprimento dessas sanções, e agora tratam isso como se fosse apenas uma troca de documentos, uma simples entrega de credenciais diplomáticas para que ninguém note que estão dando um giro abrupto na política externa", afirma.

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