América latina

Equador registra aumento de 75% de mortes violentas no primeiro semestre

O governo e a Polícia Nacional atribuem 90% das mortes à violência criminosa, principalmente relacionada ao narcotráfico e à disputa por território

Motim em prisão do Equador
Motim em prisão do Equador (Foto: REUTERS/Vicente Gaibor del Pino)


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Télam - O número de mortes violentas no Equador aumentou quase 75% durante o primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo um relatório baseado em dados oficiais e divulgado nesta terça-feira (11) pela imprensa local.

"Entre 1º de janeiro e 2 de julho de 2023, foram registradas 3.568 mortes violentas no país. Em comparação com os 2.042 crimes desse tipo cometidos no mesmo período de 2022, o aumento é de 74,73%", informou o jornal digital Primícias. De acordo com a publicação, 92% das vítimas são homens, e apenas 21% do total possuíam ficha criminal. Armas de fogo foram utilizadas em 88% dos casos, e 61% dos crimes ocorreram durante a noite e madrugada.

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O ano de 2022 encerrou com 4.603 homicídios, representando o maior número já registrado no país, e uma taxa de 25 casos por 100 mil habitantes, uma das mais altas da região. Um novo elemento de violência no país é representado pelo número de motins e confrontos entre gangues dentro das prisões, uma questão que se tornou central no governo de Guillermo Lasso.

O governo e a Polícia Nacional atribuem 90% das mortes à violência criminosa, principalmente relacionada ao narcotráfico e à disputa por território e áreas de influência entre grupos criminosos. Recentemente, o Ministro do Interior, Juan Zapata, revelou que 83% das mortes violentas estão concentradas nas cinco províncias de Los Ríos, El Oro, Esmeraldas, Guayas e Manabí, que fazem parte da chamada 'rota das drogas', localizada principalmente na zona costeira equatoriana.

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