Diálogo entre povos indígenas e governo do Equador entra em etapa final
Falta uma semana para o encerramento das mesas de trabalho
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247 - Os diálogos entre o movimento indígena e o governo do Equador, estabelecidos após a histórica greve de junho, entraram na reta final com resultados que até hoje se dividem entre consenso e desacordo.
Falta uma semana para o encerramento das mesas de trabalho entre as duas partes e, segundo o ministro do Governo, Francisco Jiménez, há 143 acordos sobre diferentes temas e há cerca de vinte pontos de desacordo, muitos deles fundamentais para as organizações indígenas.
Segundo o representante do executivo, já estão concluídos os trabalhos das mesas sobre bancos públicos e privados, energia e recursos naturais, controle de preços, segurança e justiça, desenvolvimento produtivo e direitos coletivos.
Entretanto, prosseguem as conversações sobre ensino superior, acesso à saúde, direcionamento de subsídios, e nesta sexta-feira (7), começam as negociações sobre o trabalho, completando assim as 10 mesas temáticas previstas.
A falta de consenso persiste em alguns aspectos, especialmente nos subsídios aos combustíveis, o problema mais complexo de todos, segundo Leonidas Iza, presidente da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie).
No dia 14 de outubro serão concluídas as negociações e nesse dia serão anunciados os acordos no âmbito de uma política pública, os pontos pendentes e os sem acordo, explicou Iza nesta quinta-feira em reunião para coordenar a reta final das negociações.
O líder da Conaie preferiu não se pronunciar sobre possíveis mobilizações ou nova greve, vai esperar tudo se concluir para decidir em reunião ampliada com as bases quais serão os próximos passos.
Os grupos de trabalho são fruto do Ato pela Paz, assinado pelo governo e pelo setor indígena em 30 de junho para encerrar uma greve de 18 dias exigindo soluções para reivindicações ignoradas pela administração nacional.
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