América latina

Delegação dos EUA visita Venezuela pela 2ª vez no ano; Maduro fala em seguir agenda bilateral

Primeira reunião que ocorreu em março resultou em fim de algumas sanções e retomada de diálogo entre governo e oposição

(Foto: Reuters)


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Brasil de Fato - Uma delegação formada por membros do governo dos Estados Unidos visitou a Venezuela pela segunda vez no ano e se reuniu com o presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez, nesta segunda-feira (27/06).

A informação, que havia sido adiantada por agência internacionais, foi confirmada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na noite de segunda.

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"Neste momento, Jorge Rodríguez está recebendo uma importante delegação do governo dos Estados Unidos, que chegou à Venezuela há duas horas, e está trabalhando para dar continuidade às comunicações iniciadas em 5 de março e dar continuidade à agenda bilateral entre o governo dos Estados Unidos e o governo da Venezuela", disse Maduro.

A primeira viagem de representantes do governo Biden ao país latino-americano ocorreu no dia 5 de março. Na ocasião, Roger Cartens, ex-tenente das Forças Especiais do Exército norte-americano, Juan González, diretor do Conselho Nacional de Segurança para o Hemisfério Ocidental e James Story, embaixador dos EUA para a Venezuela, se reuniram com Maduro e Rodríguez no palácio presidencial venezuelano, em Caracas.

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Após o encontro, governo e oposição anunciaram a retomada da Mesa de Diálogo que havia sido suspensa. Além disso, Washington suspendeu algumas sanções petroleiras contra a Venezuela, permitindo que a norte-americana Chevron inicie negociações com a estatal PDVSA para a retomada de operações no país. Além disso, foi permitido que a espanhola Repsol e a italiana Eni voltem a enviar petróleo para a Europa.

A visita da representação estadunidense que começou nesta segunda-feira contou com a presença de Cartens e Story. 

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Os encontros entre representantes do governo de Joe Biden e Maduro marcam uma nova abordagem dos EUA em relação à Venezuela. Em 2019, o então presidente Donald Trump reconheceu o ex-deputado Juan Guaidó como "presidente interino" do país e passou a dialogar apenas com setores da oposição ligados ao autoproclamado Guaidó. Embora essa posição oficial não tenha sido revista pela gestão Biden, Washington voltou a negociar diretamente com o governo venezuelano.

O interesse da Casa Branca em dialogar com Caracas está ligado à busca do Ocidente por saídas à crise energética causada pela interrupção no fornecimento de petróleo e gás russos por conta da guerra na Ucrânia. 

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Segundo dados da OPEP, a Venezuela produz hoje cerca de 717 mil barris de petróleo por dia. Caso seja dada luz verde à Chevron para que a empresa volte a produzir em solo venezuelano, o país poderia chegar a 1 milhão de barris diários.

De portas abertas à França

Ainda nesta segunda-feira, o presidente Nicolás Maduro se dirigiu a seu homólogo francês, Emmanuel Macron, dizendo que o país está de portas abertas para que empresas da França produzam petróleo e gás na Venezuela.

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O comentário diz respeito a declarações feitas por representantes do governo francês durante a reunião do G7, que ocorre desde domingo na Alemanha, sobre a necessidade de um aumento na produção de petróleo mundial e a reincorporação da produção venezuelana e iraniana ao mercado. Ambos os países sofrem sanções por parte dos EUA.

"Há um nó que precisa ser desfeito, se for possível, para trazer o petróleo iraniano ao mercado. Há o petróleo venezuelano, que também precisa voltar ao mercado", disse o oficial francês, de acordo com a agência Reuters.

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Segundo o presidente da Venezuela, o país "está pronto para receber todas as empresas francesas que queiram produzir petróleo e gás para o mercado mundial".

"Nos perseguiram? Nos prejudicaram? Fiquem eles lá com sua perseguição, nós ficamos aqui com nosso trabalho, nossa produção e nossos resultados", afirmou Maduro. 

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