América latina

Cooperação China-Argentina não será afetada pelos EUA

Os Estados Unidos estão tentando diluir a relação China-Argentina, avaliou o jornal argentino Página 12

(Foto: @Southcom)


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Rádio Internacional da China - No encontro da comandante do Comando Sul dos Estados Unidos, a generala Laura Richardson, que está em visita à Argentina, com os funcionários argentinos, a autoridade militar mencionou a influência da China na América Latina. Mais cedo, a vice-secretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman, em visita a Buenos Aires, pediu à Argentina que desenvolva relações com a China de maneira cuidadosa. 

No início deste mês, o senador republicano John Cornyn chefiou uma delegação para a Argentina, expressando preocupações sobre os projetos de cooperação com os chineses. Em seguida, o presidente da Comissão Reguladora Nuclear dos EUA, Christopher T. Hanson, também fez uma visita ao país da América do Sul, alegando que existem riscos e “inconveniência” na cooperação entre a Argentina e o país asiático no campo da energia nuclear. 

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Os Estados Unidos estão tentando diluir a relação China-Argentina, avaliou o jornal argentino Página 12, ao comentar as visitas frequentes dos altos funcionários estadunidenses. Alguns meios de comunicação também apontam que os EUA parecem estar constantemente monitorando a cooperação chinesa na América Latina, especialmente com a Argentina. 

Por que os Estados Unidos reagiram assim? Os veículos de imprensa argentinos analisaram que o presidente norte-americano, Joe Biden, reforça as políticas de repressão contra a China desde a sua posse e não quer que o país desenvolva sua cooperação na América Latina ou no mundo. 

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A Argentina é um grande país latino-americano. Nos últimos anos, a China e os argentinos têm aprofundado uma cooperação amistosa. Em fevereiro de 2022, a Argentina se tornou o primeiro país principal da América Latina que incorporou oficialmente a iniciativa do Cinturão e Rota, sendo um exemplo de colaboração pragmática entre nações em desenvolvimento, com base no respeito mútuo e benefício recíproco. 

Entretanto, aos olhos dos EUA, a cooperação entre os dois países desafiou seus interesses e ameaçou sua hegemonia. Portanto, as autoridades norte-americanas tomam todas as práticas possíveis para impedi-la. 

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“Os Estados Unidos não tiram a faca do pescoço da Argentina”, comentou a mídia argentina. Os EUA propuseram a Doutrina Monroe em 1823 e impuseram a América Latina como seu próprio quintal, não permitindo que os países da região desenvolvessem suas relações com outros de forma independente. 

Em novembro de 2013, o então secretário de Estado, John Kerry, declarou que a era da Doutrina Monroe havia acabado. No entanto, quase dez anos se passaram e os fatos mostram que os EUA ainda tentam controlar a América Latina, deixando-a continuar a ser um “fornecedor de matérias-primas”, “mercado de dumping de produtos” e “colônia cultural”. 

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Os países latino-americanos anseiam por unidade, cooperação e desenvolvimento e têm um apelo mais forte pela independência e autonomia. Em junho do ano passado, a 9ª Cúpula das Américas, organizada pelos Estados Unidos, sofreu amplo boicote de governos da América Latina, tornando-se a edição com o menor número de líderes participantes. 

Em janeiro deste ano, foi divulgada a Declaração de Buenos Aires na 7ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos, alcançando um consenso sobre a oposição resoluta à interferência externa e à hegemonia.   

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