América latina

Cônsul de Cuba rebate reportagem da Folha de S.Paulo: "mentiras servem para justificar bloqueio"

Reportagem com dados das ONGs Cubalex, Prisoners Defenders e Anistia Internacional acusa Cuba de torturas, privação de luz e comida e choques elétricos em supostos presos políticos

(Foto: Fábio Queiroz/Agência Alesc)


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Brasil de Fato - "Em 25 de abril foi publicada na Folha uma reportagem superficial sobre Cuba que, espero, seja apenas resultado de ignorância". Com essa afirmação, o cônsul-geral de Cuba em São Paulo, Pedro Monzón, abriu um artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo no último dia 4 de maio.

O texto de Monzón foi uma dura resposta a uma reportagem publicada no jornal com dados compilados pelas ONGs Cubalex, Prisoners Defenders e Anistia Internacional acusando Cuba de torturas, privação de luz e comida e choques elétricos em supostos presos políticos.

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Em entrevista ao Brasil de Fato, Monzón disse que "para qualquer país, é importante rebater as fake news quando apelam para uma imagem falsa, que distorce a realidade nacional".

"Para Cuba, é especialmente importante, porque o nosso país esteve submetido ao bombardeio permanente de mentira desde o início da Revolução Cubana, há mais de 60 anos", declarou. O cônsul cubano em São Paulo apontou aqui que o país combate notícias falsas "porque partimos do fato de que defender a verdade é um princípio ético".

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Monzón disse ainda que o verdadeiro objetivo das reportagens que questionam o regime cubano é legitimar o bloqueio ao qual o país é submetido: "Com todas essas mentiras, os Estados Unidos perseguem dois resultados infames. O primeiro [resultado é] passar uma imagem virtual deformada da realidade cubana para justificar perante o mundo as agressões contra Cuba, especialmente o criminoso bloqueio econômico, comercial e financeiro"

"Eles precisam atingir esse objetivo porque, durante 29 anos sucessivos, a imensa maioria dos membros da ONU condena o bloqueio. Por consequência, [os Estados Unidos] querem reverter tal situação", argumentou o cônsul.

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"Os Estados Unidos também precisam tentar gerar a subversão do povo cubano contra o sistema, fazendo cair as responsabilidades dos danos do bloqueio à falta de eficiência do estado. Eles não conseguirão isso, nem no futuro. Uma amostra foi a imensa manifestação de apoio ao sistema e ao governo realizada no Primeiro de Maio. Temos que seguir lutando com a arma como verdade", finalizou Monzón.

Leia trechos do artigo publicado pelo cônsul na Folha:

Chuva de fake news

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Não é estranho, desde o triunfo da Revolução em 1959, que Cuba seja alvo de uma chuva de fake news. A intenção é promover uma imagem virtual negativa do país. O grande pecado que Cuba cometeu foi conquistar, pela primeira vez, a verdadeira independência e começar a edificar um país beneficiado por mudanças muito profundas. Por isso se converteu em um péssimo exemplo.

"Não se pratica tortura"

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Cuba constitui um Estado de Direito. Depois do triunfo da Revolução, não se praticou tortura, não há desaparecidos nem repressão, como é visto em muitos outros países. Qualquer afirmação contrária é pura mentira. Como em qualquer país, o vandalismo é punido, assim como as ações violentas instigadas por interesses estrangeiros. Também é certo que proliferam informações alteradas sobre os processos legais legítimos que foram realizados contra quem provoca esses distúrbios violentos e vandalismos.

Atos em apoio ao governo

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Em vez de destacar quatro ou cinco depoimentos parciais para qualificar Cuba, o que deveria surpreender é como foi possível, em tão difíceis condições e durante tanto tempo, o sistema cubano não ter colapsado, como poderia ter ocorrido com qualquer outro país. Ao contrário, o povo historicamente foi o protagonista de numerosas manifestações massivas em apoio à Revolução, o que acabou de se repetir nas imensas manifestações em todo território nacional neste 1º de Maio.

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