Colômbia dá os primeiros passos para acordo de paz com guerrilha do ELN
O governo Petro concordou com as medidas preliminares para restabelecer formalmente o diálogo de paz
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ARN - Depois que o governo colombiano e o Exército de Libertação Nacional (ELN) oficializaram a retomada das negociações de paz em Cuba, que estavam paralisadas desde 2018, o senador governista Iván Cepeda garantiu que não serão estabelecidas condições para o diálogo.
O congressista, que chefiou a comissão enviada pelo presidente Gustavo Petro a Havana na semana passada, assegurou em entrevista à Blu Rádio que ambas as partes concordaram com alguns passos preliminares que abririam caminho para a assinatura de um acordo.
"O governo reconhece a legitimidade da delegação de paz e, portanto, chegou-se a um acordo para avançar em relação a alguns passos que devem ser dados para conversar novamente e explorar a possibilidade de um acordo", disse Cepeda.
Sobre quais são esses passos acordados, o legislador disse que têm a ver com questões que o ELN deve resolver internamente e, por outro lado, o governo também tem que rever a situação legal dos guerrilheiros que participaram das negociações para "tirar qualquer obstáculo que possa atrasar essa conversa", acrescentou.
Cepeda foi claro ao dizer que esses passos preliminares não constituem uma lista de reivindicações para a guerrilha. "Não vamos condicionar os diálogos com o ELN porque o governo anterior gastou quatro anos nisso. O que vamos fazer é estabelecer alguns diálogos e passar imediatamente a discutir questões tão importantes quanto a cessação bilateral", concluiu.
Negociação
O anúncio da retomada do diálogo foi feito em Havana pelo Alto Comissário para a Paz, Danilo Rueda, na sala protocolar de El Laguito. É o mesmo local onde foram realizadas as conversas com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que culminaram no acordo de paz de 2016.
O chefe do ELN, Antonio García, destacou que a visita da delegação colombiana a Cuba, onde vive há cinco anos, é um passo importante para retomar as negociações de paz que foram frustradas "pela falta de jeito de Duque".
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