Colômbia alcança a maior redução de desmatamento em 10 anos
No primeiro trimestre de 2023, a Amazônia teve uma redução de 76% no desmatamento em comparação ao mesmo período de 2022
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Télam - A Colômbia conseguiu conter a tendência crescente de desmatamento durante o ano de 2022, registrando uma redução de quase 30% em relação a 2021. Essa marca representa o menor valor dos últimos dez anos e segue uma tendência semelhante nos primeiros meses de 2023, de acordo com um anúncio feito nesta quarta-feira (12) pelo Ministério do Meio Ambiente.
No ano de 2022, houve uma redução de 29,1% no desmatamento em comparação ao ano anterior. Isso significa que a exploração madeireira diminuiu de 174.103 hectares desmatados em 2021 para 123.517 hectares no ano passado. A ministra do Meio Ambiente, Susana Muhamad, explicou durante a apresentação de um relatório do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (Ideam) que esse número é o menor desde 2013.
Muhamad acrescentou que esse resultado é consequência do Plano de Contenção do Desmatamento implementado desde o início do governo de Gustavo Petro em agosto de 2022. Ela destacou que, embora haja uma satisfação inicial, é necessário manter os pés no chão. A mudança de estratégia mostrou resultados, mas o desafio agora é sustentá-los no próximo ano. Superamos a meta do Plano Nacional de Desenvolvimento, que era de reduzir 20%, e alcançamos 29,1%", afirmou Muhamad.
Essa redução também cria as condições propícias para alcançar um possível pagamento por resultados, de acordo com um acordo voluntário assinado entre os governos da Noruega, Reino Unido, Alemanha e Colômbia na COP de Paris em 2015. Esse acordo tem como objetivo reduzir a perda de floresta natural.
Muhamad ressaltou a "boa tendência do arco do desmatamento amazônico em 2023 em relação a 2022", o que "estimula que os compromissos com as comunidades e as estratégias sejam muito mais aprofundados (...) ano", conforme relatou a agência de notícias AFP.
Na região amazônica, especialmente nos departamentos de Guaviare, Caquetá, Meta e Putumayo, houve uma redução de 26% em relação a 2021. Segundo o relatório do Ideam, isso significa que 45.490 hectares de floresta natural deixaram de ser destruídos em 2022.
Enquanto isso, no primeiro trimestre de 2023, a Amazônia teve uma redução de 76% no desmatamento em comparação ao mesmo período de 2022, passando de cerca de 50.500 hectares para cerca de 12.000 hectares.
No entanto, Guaviare continua sendo um dos principais focos de desmatamento no país, devido ao cultivo ilícito, à extração ilegal de madeira, à extração ilegal de minerais, às práticas precárias de pecuária extensiva, à expansão de pastagens e à infraestrutura de transporte.
A apresentação do relatório sobre o desmatamento ocorre quatro dias após uma reunião entre os ministros do Meio Ambiente dos países amazônicos na cidade colombiana de Letícia, que também contou com a participação do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e de Petro.
Ambos os líderes, que se encontrarão novamente na cidade brasileira de Belém durante a Cúpula da Amazônia em agosto, juntamente com os líderes do Equador, Peru, Venezuela, Bolívia, Suriname e Guiana, exortaram os países amazônicos a assumirem compromissos compartilhados e a transformarem o sistema econômico mundial por meio da descarbonização.
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