Chile: Boric anuncia plano de recuperação que busca combater inflação
Entre as medidas anunciadas estão o congelamento das tarifas dos transportes públicos e o aumento do salário mínimo de cerca de 420 para quase 500 dólares
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ARN - O presidente do Chile, Gabriel Boric, anunciou nesta quinta-feira um plano de recuperação inclusivo, chamado "Chile Apoia", que visa enfrentar o aumento do custo de vida devido ao aumento dos preços dos combustíveis, que se soma a uma inflação já elevada, que foi de 7,2% em 2021, a maior em 14 anos.
"Sabemos que este plano de recuperação é um ponto de partida. Grandes mudanças não são alcançadas da noite para o dia. Para que sejam sustentáveis ao longo do tempo, devem ser responsáveis na sua implementação", assegurou o presidente em conferência de imprensa.
Entre as medidas anunciadas estão o congelamento das tarifas dos transportes públicos, o aumento do salário mínimo de cerca de 420 para quase 500 dólares, o aumento de recursos para o Fundo de Estabilização do Petróleo para conter a subida dos preços dos combustíveis e o alargamento, em coberturas e montantes a setores mais atrasados, do programa IFE Laboral, que promove o emprego concedendo um subsídio de até 320 dólares por quatro meses para um novo vínculo empregatício.
"Com a pandemia e a crise econômica, passamos por momentos complexos e muitas pessoas passaram por momentos difíceis. Hoje procuramos aliviar essa bagagem entregando 21 respostas concretas que impactam cada um de nós. Porque o Chile Apoia, juntos vamos reativar a economia", escreveu o presidente em sua conta no Twitter.
O ministro da Fazenda, Mario Marcel, havia adiantado que o Chile Apoia é baseado em seis componentes: retorno ao trabalho remunerado, investimento público, apoio a setores atrasados na recuperação econômica, promoção de micro, pequenas e médias empresas, melhoria da renda, enfrentar o custo de vida e a institucionalização dos mecanismos de proteção econômica e social.
Este plano tem um custo total de 3.726 milhões de dólares e visa criar 500.000 postos de trabalho, indica um documento oficial divulgado pelo Boric. Da mesma forma, contempla “múltiplas medidas focadas no apoio às pessoas” e procura “lidar com as dificuldades que a pandemia nos deixou”, indica o texto.
"O desenvolvimento econômico de um país é fundamental. Um desenvolvimento inclusivo que favoreça as contribuições daqueles que mais sofreram é fundamental. Esse é o nosso compromisso", acrescentou Boric.
Apoio a Siches
Depois de anunciar essas medidas, Boric foi consultado sobre a polêmica realizada pela Ministra do Interior, Izkia Siches, que disse a uma comissão do Congresso que durante o governo de Sebastián Piñera um avião com migrantes com todos os seus passageiros havia sido enviado e devolvido a bordo sem conseguir a expulsão. Quando essa reclamação foi divulgada, ex-funcionários a negaram, e Siches mais tarde reconheceu que forneceu informações incorretas e pediu desculpas.
“Considero absolutamente o episódio encerrado e, para que não haja dúvidas ou especulações, a ministra continuará exercendo todas as suas funções e tem minha confiança. Não trabalho com ultimatos, confio nos meus colaboradores”, comentou o presidente no final de uma reunião com moradores da comuna de Maipú.
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