América latina

Chefe de missão da ONU manifesta preocupação com ataques a signatários dos acordos de paz da Colômbia

"A persistente violência contra ex-combatentes é preocupante", afirmou Carlos Ruiz Massieu

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ONU (Foto: REUTERS/Carlo Allegri)


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Télam - O chefe da missão da ONU para a verificação dos Acordos de Paz na Colômbia, Carlos Ruiz Massieu, expressou nesta quarta-feira (12) sua preocupação com o "aumento da violência" contra ex-membros de organizações guerrilheiras que depuseram as armas no âmbito desses entendimentos, bem como contra lideranças camponesas.

"A persistente violência contra ex-combatentes é preocupante", afirmou Carlos Ruiz Massieu, representante do secretário-geral, Antonio Guterrez, durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU responsável pela verificação desses acordos.

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Ele alertou que a violência também está afetando lideranças camponesas e requerentes de terras, à medida que avança a implementação da reforma rural, e destacou os "obstáculos" enfrentados pelos funcionários do governo envolvidos nesse processo.

O representante da ONU instou o governo de Gustavo Petro a "fazer muito mais para proteger" esses grupos e pediu que cumprisse a promessa de nomear um alto funcionário para supervisionar a implementação do Acordo Final de Paz, assinado em 2016 com as agora ex-FARC, de acordo com a agência de notícias AFP.

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Durante essa sessão trimestral, que contou com a participação do chanceler Álvaro Leyva e da líder Diana Salcedo, o Conselho de Segurança analisou o relatório apresentado por Guterres a cada trimestre, que aborda o progresso dos acordos e as preocupações da ONU.

Em uma carta enviada em fevereiro, o chanceler colombiano havia informado ao Conselho de Segurança sobre os esforços do governo para dialogar com cinco organizações armadas e antecipou que o Executivo solicitaria a verificação desses processos pela ONU.

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Após solicitar recomendações ao Secretário-Geral para essa eventual solicitação, em uma carta datada de 13 de junho, Guterres propôs duas opções para expandir a missão de verificação no país, o que exigirá um aumento de cerca de cem observadores, em relação aos atuais 120.

Uma das opções é que a missão participe do monitoramento e verificação do cessar-fogo acordado com o Exército de Libertação Nacional (ELN) e um grupo dissidente das FARC, o que exigiria mais 95 observadores.

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A outra opção é que a missão participe do monitoramento do cessar-fogo com todos os grupos identificados pelo governo, o que exigiria mais 130 observadores. Essa expansão terá que ser autorizada pelo Conselho de Segurança, no qual a China inicialmente demonstrou boa disposição, apesar de ter expressado dúvidas anteriormente em relação ao aumento do mandato da missão.

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