Chanceler mexicano pede "refundação da ordem interamericana" com base na "não intervenção e no benefício mútuo"
O chanceler mexicano defendeu essas posições em uma reunião de chanceleres no âmbito da Cúpula das Américas
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ARN - O chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, assegurou nesta quarta-feira (8) que seu país pede a "refundação da ordem interamericana" com base na "não intervenção e no benefício mútuo" e reiterou que seu país considera “um grave erro” a exclusão da Venezuela, de Cuba e da Nicarágia da Cúpula das Américas que acontece em Los Angeles, Estados Unidos.
Foi o que disse Ebrard esta quarta-feira durante uma reunião de Ministros das Relações Exteriores que decorreu no quadro da Cúpula, onde garantiu que "ninguém tem o direito de excluir outro" e que o seu país não aceita "o princípio da intervenção" em que "unilateralmente" se define quem pode comparecer. O fato de não convidar três nações fez com que o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, decidisse não participar do evento e enviasse apenas o ministro.
Segundo o chanceler, a região mantém a "mesma discussão" de 10 anos atrás, quando a sexta cúpula foi realizada em Cartagena, na Colômbia.
"É incrível que neste momento continuemos vendo bloqueios, embargos e sanções contra países das Américas, mesmo durante a pandemia, contrariando o direito internacional e os objetivos que nos animam nas Américas", disse.
Além disso, destacou que, devido à atual "realidade geopolítica", surgirão "novas tendências regionais" que devem motivar mudanças nas relações dos países das Américas que permitam "uma verdadeira união e um benefício genuíno".
“É evidente que a Organização dos Estados Americanos e seu modo de atuação estão esgotados diante dessa realidade e basta ver o papel vergonhoso que desempenhou no recente golpe na Bolívia”, disse.
Nesse sentido, Ebrard disse que o México se propõe formar "um grupo de trabalho para apresentar o projeto de refundação da ordem interamericana".
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