Candidatos a presidente da Colômbia realizam debate
Petro, Gutiérrez e Fajardo debatem na última semana antes das eleições presidenciais
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ARN - Três dos quatro principais candidatos à presidência da Colômbia, Gustavo Petro, Federico Gutiérrez e Sergio Fajardo, participaram nesta segunda-feira (23) de um debate presidencial, organizado pelo meio de comunicação local El Tiempo, na última semana antes das eleições que ocorrerão no próximo domingo. Rodolfo Hernández, que ocupa o terceiro lugar nas pesquisas, recusou-se a comparecer, poucas horas antes da largada, por questões de agendamento.
Em um amplo debate em que foram abordados os principais temas da atualidade colombiana, bem como questões de campanha política, este debate foi realizado com várias idas e voltas entre os candidatos.
Uma das principais questões foi a afirmação do candidato Petro, do Pacto Histórico de esquerda, de que houve uma tentativa de suspensão das eleições por setores do atual governo.
Nesse sentido, Fajardo, da da Coalizão Esperança, considerou que as insinuações de Petro faziam parte de “mais uma cortina de fumaça para chamar a atenção” e “distorcer” o que deveria ser feito.
Enquanto isso, Gutiérrez, que faz parte da Coalizão Equipe Pela Colômbia, concordou que isso é "mais um diversionismo” de Petro. "O que todos os candidatos e todo o país precisam é que nos deem garantias, eleições justas e marcadas pela legalidade", enfatizou.
Além disso, cada um dos três candidatos presentes no debate afirmou que o que vencer convidará os adversários ao diálogo para que haja unidade no país.
Por otra parte, se deu ênfase no combate ao grupo Clã do Golfo, cujo chefe, Dairo Antonio Úsuga, de codinome "Otoniel", foi extraditado aos Estados Unidos acusado de delitos de tráfico de drogas e de ser um dos “chefes mais perigosos do mundo".
Petro disse que o ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010) cometeu “um erro” ao negociar em termos políticos com os paramilitares, porque os “fortaleceu” e isso permitiu facilitar o surgimento do Clã del Golfo.
"Devemos tirar o poder político que eles têm sobre certas populações e submetê-los à justiça e não ao governo", disse.
Durante o debate, Gutiérrez enfatizou a necessidade de uma mudança "que não significa um salto no vazio sem pára-quedas" como em outros países da região e disse que quando há pessoas que querem "se eternizar no poder", colocam em risco a democracia e as instituições.
Petro, por sua vez, disse que, em caso de vitória nas eleições, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não estará em sua posse presidencial porque quem organiza o evento é o atual governo, que cortou relações diplomáticas.
“Para abrir as fronteiras e as relações comerciais que toda a fronteira colombiana precisa, e especialmente Cúcuta, as relações diplomáticas e comerciais devem ser restabelecidas após a posse”, considerou Petro.
Pesquisa
Petro segue como favorito com 40,6% das intenções de voto, enquanto Gutiérrez segue em segundo lugar, segundo os resultados da pesquisa Invamer divulgada na última sexta-feira.
O candidato que surpreendeu é Hernández, da Liga dos Governadores Anticorrupção, que, além de reduzir a diferença de intenção de voto com Gutiérrez, também recebeu o apoio da ex-candidata presidencial do partido Oxigênio Verde, Íngrid Betancourt .
Hernández, ex-prefeito de Bucaramanga, subiu sete pontos percentuais e chegou a 20,9%. Dessa forma, fica seis pontos percentuais atrás de Gutiérrez, que tem uma adesão de 27,1%.
Em contrapartida, o candidato Sergio Fajardo, tem 5% e permanece em quarto lugar.
Se houver segundo turno entre Petro e Gutiérrez, 52,7% votariam no candidato do Pacto Histórico e 44,2% no da coalizão Equipe Pela Colômbia. Em um cenário entre Petro e Hernández, o candidato do Pacto Histórico alcançaria 50% dos votos, enquanto o independente, 47,4%.
Em 29 de maio, as eleições presidenciais serão realizadas na Colômbia. Se o candidato mais votado não obtiver metade mais um do total de votos válidos, irá para o segundo turno, marcado para 19 de junho, para escolher entre os dois candidatos mais votados.
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