América latina

Brasil e Chile provavelmente não aumentarão o apoio a Kiev, apesar dos esforços diplomáticos do Reino Unido

Não há chance de o Brasil aumentar seu apoio à Ucrânia

James Cleverly
James Cleverly (Foto: REUTERS)


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(Sputnik) - Brasil e Chile descartam fortalecer o apoio a Kiev, apesar dos esforços feitos nesse sentido pelo secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, James Cleverly, como parte de sua turnê pela América Latina, informou o jornal Politico na quarta-feira, citando autoridades locais.

Em 18 de maio, Cleverly deu início à sua viagem de 10 dias à Jamaica, Colômbia, Chile e Brasil em um esforço para persuadir os países latino-americanos a adotar uma postura mais pró-ucraniana.

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"Em um mundo ideal, os britânicos gostariam que o Brasil aderisse às sanções. Mas eles são inteligentes o suficiente para entender que não existe um mundo ideal e as coisas são como são", disse uma autoridade brasileira à agência de notícias.

Antes da visita de Cleverly, o funcionário disse que não há chance de o Brasil aumentar seu apoio à Ucrânia.

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Uma autoridade chilena também disse que é improvável que o Reino Unido consiga persuadir seu país a fornecer armas a Kiev.

"Não vai acontecer, de jeito nenhum... É um assunto que precisa ser resolvido pelas grandes potências, não algo que possamos fazer deste lado do mundo", disse o funcionário.

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O jornal noticiou que a visita do secretário de Relações Exteriores do Reino Unido visa oficialmente promover a cooperação comercial com os países da região, inclusive em questões de energia e mudanças climáticas. No entanto, diplomatas chilenos e brasileiros disseram ao Politico que Londres quer discutir como os dois países se relacionam com a Rússia e a China e influenciar seus governos a alinhar suas políticas com o Ocidente.

Quanto à China, o oficial brasileiro disse que o país quer preservar o seu "próprio espaço de autonomia" e espera que Cleverly seja delicado no encontro com o seu homólogo brasileiro, Mauro Vieira, na quarta-feira.

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"Os britânicos estão tentando encontrar o equilíbrio certo em seu relacionamento com a China à luz de seus interesses, e o Brasil também ... Seria ridículo o secretário de Relações Exteriores ir ao Brasil e pedir ao Brasil que comercialize menos com a China. Ele sabe  que isso seria um fracasso", disse o diplomata.

O funcionário chileno disse que Santiago estava "desapontado" por Cleverly não ter feito ofertas mais sérias para ganhar seu apoio na questão da China.

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"Se você quer competir com a China, tem que pagar. Tem que trazer alguma coisa em troca... Eu esperava compromissos mais concretos - mas isso não se viu", disse o diplomata.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tentará alcançar mais sobre os mesmos tópicos durante sua viagem à região em junho, segundo o relatório.

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